A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, reconheceu nesta terça-feira (23), na apresentação do Plano Agrícola e Pecuário para a safra 2015/2016, na Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), em Curitiba, o esforço do governo estadual para garantir que o Paraná consiga a certificação internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação e área livre da peste suína clássica.
Antes do encontro, Kátia Abreu se reuniu com o governador Beto Richa (PSDB) no Palácio Iguaçu. No encontro, ao lado do governador, a ministra afirmou estar otimista que as certificações saiam logo para ampliar as exportações brasileiras, com acesso a novos mercados internacionais. Ela explicou que há uma estratégia nacional para garantir o reconhecimento para outros 15 estados brasileiros. “O Paraná é um dos estados brasileiros mais adiantados para conseguir as certificações. Isso é reflexo do apoio que temos do governador”, afirmou a ministra.
O governador Beto Richa disse que o Paraná tem feito tudo o que está ao seu alcance para que obter o reconhecimento de área livre de aftosa, sem vacinação. “Isso garantirá mais exportações e renda aos produtores paranaenses”, disse Richa.
Ele explicou que, para conquistar o status de livre de aftosa sem vacinação e a certificação internacional de área livre da peste suína, o Governo do Paraná está investindo R$ 5 milhões na construção e reforma de 23 postos de fiscalização instalados nas divisas com os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A intenção é controlar a entrada de veículos com produtos de origem animal ou vegetal que não estejam dentro dos padrões e registros definidos pelo Paraná.
Além disso, o governo contratou 169 técnicos para trabalhar na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), autarquia criada pelo governador Beto Richa para atuar na fiscalização da produção vegetal e animal do Estado.
PEDIDO – O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, disse que os investimentos e as contratações de novos profissionais para o Adapar garantem boas perspectivas quanto a liberação das certificações. Ele explicou que o governo estadual já entrou com o pedido de reconhecimento de área livre de aftosa no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Agora, com os investimentos realizados, vamos esperar a auditoria no Ministério da Agricultura. A conquista desse importante certificado, que trará mais crescimento para os produtores paranaenses”.
APOIO À AGRICULTURA – No seu prounciamento, Richa reforçou a importância do Plano Agrícola e Pecuário para o Paraná e ressaltou o avanço do setor no estado, nos últimos anos. “O Paraná se consolidou como modelo em produção e produtividade, graças ao esforço do produtor rural e ao trabalho das cooperativas”, afirmou ele.
O governador lembrou que, em quatro anos, o Valor Bruto de Produção Agropecuária aumentou em mais de 60% – de R$ 44 bilhões em 2010 para estimados R$ 70 bilhões em 2014. As exportações do agronegócio chegam a US$ 12,6 bilhões – 77% das vendas externas paranaenses.
O cooperativismo faturou mais de R$ 50 bilhões no ano passado. “Sem o dinamismo do agronegócio, a situação das contas externas do país estaria muito pior”, afirmou. “Estamos aqui para renovar o compromisso com o agronegócio que tem salvo a balança comercial nacional e gerado empregos e renda aos paranaenses”, disse Richa.
O governador ressaltou a participação do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) no fomento à expansão do agronegócio paranaense. “Entre 2011 e 2014, o banco aprovou R$ 1,6 bilhão em novos contratos com as cooperativas do Paraná. No primeiro semestre deste ano, o BRDE aprovou R$ 800 milhões em financiamento, 90% deles para o agronegócio”, disse Richa.
PLANO REFLETE O MOMENTO DA ECONOMIA, DIZ PRESIDENTE DA OCEPAR
O Plano Agrícola e Pecuário para a safra 2015/2016 foi anunciado pelo governo federal no dia 2 de junho. O volume total de recursos é de R$ 188 bilhões, aumento de 20% sobre a safra anterior. João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar, disse que o plano anunciado pelo governo federal é reflexo do momento da economia nacional.
Do valor aplicado nacionalmente, ele estima que 20% do crédito venha para o Paraná. “Apesar da área pequena de plantio, o Paraná é o segundo maior produtor nacional de grãos. É importante contar com o apoio do governo federal e estadual para fortalecer ainda mais a agricultura, que gera muitos empregos e renda para os brasileiros”, disse.