O Programa de Aviação Regional da Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República, que beneficia 270 aeroportos brasileiros, vai incluir trinta e quatro cidades estratégicas para o desenvolvimento do Turismo no país. Os destinos, contemplados pela Política Nacional de Turismo, foram selecionados em parceria com o Ministério do Turismo e contemplam regiões fora das capitais.
O investimento do governo federal, que totaliza R$ 7,3 bilhões, vai tornar o turismo mais acessível para os brasileiros. Para o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, “o desafio é aprimorar a malha aérea para ampliar a mobilidade dos visitantes e a integração de roteiros no país”. O Brasil já é o terceiro mercado do mundo em aviação doméstica comercial, segundo a Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO, na sigla em inglês).
Quatro cidades vão contar com aeroportos construídos do zero: Maraú (BA), Ouro Preto (MG), Maragogi (AL) e Gramado (RS). Dezessete deles não recebem voos comerciais regulares atualmente e devem contemplar esse tipo de operação após as adequações. São eles: Barcelos (AM), Aracati (CE), Jericoacoara (CE), Alto Paraíso (GO), Pirenópolis (GO), Barreirinhas (MA), Diamantina (MG), São João Del Rei (MG), Cáceres (MT), São Raimundo Nonato (PI), Paranaguá (PR), Angra dos Reis (RJ), Cabo Frio (RJ), Paraty (RJ), São Joaquim (SC), São José dos Campos (SP) e Mateiros (TO).
Nos demais aeroportos (13), será possível aproveitar a infraestrutura já existente, de acordo com a SAC. É o caso de: Parintins (AM), Lençóis (BA), Porto Seguro (BA), Juazeiro do Norte (CE), Caldas Novas (GO), Bonito (MS), Corumbá (MS), Santarém (PA), Fernando de Noronha (PE), Parnaíba (PI), Foz do Iguaçu (PR), Caxias do Sul (RS) e Navegantes (SC). Além disso, serão beneficiadas indiretamente: Bento Gonçalves (RS), Balneário Camboriú (SC), Nova Olinda (CE), Tiradentes (MG), Búzios (RJ), Ilhabela (SP).
O PROGRAMA
De acordo com a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, o Brasil possui cerca de 100 aeroportos em operação em cidades do interior. Mais de 40 milhões de brasileiros moram a mais de 100km desses aeroportos. O Programa de Aviação Regional trabalha para diminuir a distância entre destino e visitante. Por meio do investimento em 270 terminais aeroportuários, 96% da população estará a, no máximo, 100 quilômetros de um aeroporto.
Aeroportos de 28 cidades receberão investimentos diretos do governo federal: reforma em terminal de passageiros, pátio de aeronaves, pista de pouso, entre outras melhorias de infraestrutura. Outros seis terminais serão atendidos pelo aeroporto da cidade mais próxima. É o caso de Búzios (RJ), cujo visitante vai poder aterrissar em Cabo Frio, a 50 km dali, e não mais na capital do estado, localizada a quase 200 quilômetros do destino final.
Segundo o ministro da Aviação, Eliseu Padilha, o turismo foi um dos principais motivos para o desenvolvimento do programa. “Queremos garantir a expansão da malha para integração do território nacional, desenvolvimento dos polos regionais, fortalecimento dos centros de turismo e a garantia do acesso das comunidades isoladas à saúde e inclusão social”, explicou.
O programa é uma conquista para o setor, segundo o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem (ABAV), Antonio Azevedo. Ele acredita que o programa vai revolucionar a aviação civil brasileira e vai impactar positivamente no turismo brasileiro. “A falta do transporte aéreo inibe o desenvolvimento turístico de alguns destinos. A tendência é que as pessoas façam cada vez mais viagens curtas e, então, se elas perdem muito tempo no trajeto, ficam menos tempo no destino. Ninguém quer isso”, analisa.
*Agência de Notícias do Turismo, com informações da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República