DEFESA CIVIL: Governo reforça atendimento a municípios afetados pelas chuvas

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Atualizado há 9 anos

Secretário chefe da casa militar coronel PM Adilson Castilho Casitas em coletiva com a imprensa
Secretário chefe da casa militar coronel PM Adilson Castilho Casitas em coletiva com a imprensa

O chefe da Casa Militar e coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Adílson Castilho Casitas, afirmou nesta terça-feira (12), em coletiva à imprensa, que o Governo do Estado reforçou o atendimento nas regiões Norte e Noroeste, atingidas por fortes chuvas desde o sábado (9). “O governador Beto Richa determinou à Defesa Civil ações imediatas para o atendimento dos municípios”, afirmou Castilho.

O helicóptero da Casa Militar foi enviado a Londrina para ampliar a cobertura do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), que já conta com uma aeronave. Técnicos da Defesa Civil também foram deslocados para a região. As equipes da Copel e da Sanepar estão mobilizadas para monitorar os níveis de rios e barragens que podem transbordar e causar alagamentos e também para acompanhar os possíveis desabastecimentos de água e luz.

Até o momento, segundo a Defesa Civil, foram atingidos Arapongas,Bandeirantes, Cambé, Cambira, Campina Grande do Sul, Cruzeiro do Sul, Fazenda Rio Grande, Ibaiti, Ibiporã, Jaboti, Jaguariaíva, Jataizinho, Londrina, Marilândia do Sul, Maringá, Nova Esperança, Novo Itacolomi, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Reserva, Rio Bom, Rolândia, Sabáudia, Santana do Itararé, São José dos Pinhais, Tamarana, Tomazina e Wenceslau Braz.

AFETADOS – Até agora, os dados apurados pela Defesa Civil, atualizados às 18h desta terça-feira, as fortes chuvas já afetaram 8.348 pessoas, das quais 1.310 ficaram desalojadas, sendo que 991 permanecem fora de suas casas. Há 110 pessoas desabrigadas. Foram danificadas 490 casas e outras oito foram destruídas. De acordo com o coordenador da Defesa Civil, o impacto pode ser ainda maior, já que os municípios estão fazendo o atendimento referente às últimas 48 horas, quando as precipitações foram mais intensas, e ainda apuram os estragos e o número de pessoas afetadas. A previsão é de que cerca de 700 mil pessoas sejam afetadas, já que a elevação dos rios pode comprometer o abastecimento de água em municípios como Londrina e Maringá.

MAIS QUE A MÉDIA – Segundo o Simepar, o volume de chuvas que atinge a região Norte chega 340 milímetros nas últimas 48 horas, nível superior à média histórica para todo o mês de janeiro, que é de 212 milímetros. Em Rolândia, equipes do Corpo de Bombeiros procuram por um motorista de ônibus que foi levado por uma enxurrada no Ribeirão Bandeirantes e está desaparecido. Técnicos da Defesa Civil foram enviados ao município para ajudar a prefeitura na elaboração da documentação necessária para o decreto de situação de emergência.

O coordenador estadual da Defesa Civil explicou que, nas últimas 48 horas, a Defesa Civil vem fazendo o acompanhamento dos municípios por meio de suas equipes regionais e do Corpo de Bombeiros. “No município de Ibaiti, estamos monitorando uma represa situada em uma propriedade particular, com risco de romper. Já fizemos um alerta à população do entorno, que pode ser afetada”, informou.

ALERTA – Uma barragem localizada na região de Apucaraninha, em Tamarana, está com mais de seis metros acima da média e é monitorada pela Copel. O coordenador da Defesa Civil alerta a população próxima para que deixem suas casas, já que há risco de transbordamento. “Os vertedouros não estão dando conta de escoar a água”, disse.

“Nossa maior preocupação é com a vida. Alerto para que as pessoas não insistam em atravessar enxurradas ou ribeirões que estejam com o nível alterado. Não subestimem a força da natureza, parem o carro e esperem até a situação se normalizar”, disse Castilho. “A população ribeirinha deve deixar locais que ofereçam perigo para que não coloquem em risco a vida”, destacou.

PREVISÃO – O meteorologista do Simepar, Samuel Braun, explicou que o tempo deverá permanecer instável durante toda a semana, mas com um volume de chuvas menor do que nos últimos dias. “A previsão é de um acumulado menos significativo. A chuva prevista para a região é mais fraca. Um ou outro ponto do Norte tem potencial para uma chuva moderada, mas no geral, a tendência é de um acumulado de 20 ou 30 milímetros nos próximos dias”, disse ele.

Também deve continuar chovendo nas demais regiões do Estado. A tendência a partir desta quarta-feira (13) é de uma condição típica do verão, com o tempo abafado e chuvas no final da tarde por causa do calor. “As pancadas de chuva podem ser fortes em alguns municípios, mas no geral será de forma mais localizada”, explicou Braun.