Doença da Vaca Louca não atinge o Paraná

Exames descartaram a existência da doença no Estado

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Atualizado há 12 anos

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afastou definitivamente a possibilidade da doença da vaca louca no Paraná. O anúncio foi feito após a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) terem sido comunicadas oficialmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sobre os resultados negativos de exames realizados em animal morto há dois anos por suspeita de raiva.

Segundo Ortigara, em dezembro de 2010, um bovino, com idade avançada de 13 anos, manifestou a suspeita de raiva. A proprietária do animal procurou o serviço de Defesa Sanitária da Secretaria da Agricultura, comunicando o caso. Imediatamente, a propriedade, no município de Sertanópolis, foi acompanhada pelos técnicos da Vigilância Sanitária Animal do então Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (Defis), órgão da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.

Não foi detectada a raiva em exames realizados na época e o animal morreu em 24 horas. Conforme orientam os protocolos dos serviços de sanidade nacionais e internacionais, foi coletado material e enviado para análise no laboratório oficial do Governo do Paraná, que é o Centro de Diagnósticos Marcos Enrietti.

Os exames deram negativos e foram enviados para novas provas em laboratório oficial em Minas Gerais. Novamente os exames deram negativos, explicou Ortigara, e o mesmo material foi reenviado para o Lanagro, laboratório oficial do Ministério da Agricultura, em Recife (PE), cujos resultados também deram negativos.

Como última etapa da contraprova, o material foi enviado para o laboratório referência em saúde animal no mundo que fica na Inglaterra. O resultado comunicado às autoridades brasileiras deu positivo, mas destaca que era um caso atípico da doença, o que pode ocorrer em qualquer animal sadio no Brasil ou fora dele.