Após a queda do avião que levava a Chapecoense até a cidade de Medellin, na Colômbia, o mundo inteiro homenageou as vítimas da tragédia. Na noite de quarta – feira, 8, no estádio Major Antônio Couto Pereira, foi a vez dos torcedores paranaenses prestar solidariedade a todos os jornalistas, comissão técnica e jogadores.
Para o esporte mundial, essa foi a maior tragédia que ocorreu. Jogadores são considerados heróis, muitos deles davam apoio financeiramente até a terceira geração da família. A torcida dos times brasileiros lotaram o Couto Pereira. Atlético Paranaense, Curitiba e Paraná Clube, foram as principais nas arquibancadas.
O gerente de vendas e torcedor coxa branca, Charles Bollauf, de 43 anos, comenta que a emoção é inexplicável. “Esse momento não poderia ser diferente, torcidas não somente aqui do nosso estado, mas do país inteiro dentro do Couto, apoiando o time da Chapecoense. Estamos orando por todas as vítimas, que Deus dê muita força a essa grande equipe”, aponta. Bollauf, estava em Santa Catarina no momento da tragédia. Ele fala que ficou perplexo, com os olhos paralisados durante um bom tempo, sem acreditar no que estava acontecendo.
“Eu estava hospedado no hotel. Quando recebi a notícia, confesso que fiquei paralisado sem acreditar em que estava assistindo. Tomei café, e no ambiente, me deparei com várias pessoas que também estavam paralisadas com tudo aquilo. Era outro lado do estado, mas todos estávamos muito tristes. ”
Bollauf, estava com seu filho Lucas, e mais dois amigos presentes no estádio. Comenta que o Couto Pereira é sua segunda casa, e já foi em vários jogos do Curitiba. Sobre a união das torcidas, fala que esse é um exemplo a ser seguido. “Temos que ser rivais apenas dentro de campo, fora dele somos todos amigos. Assim, várias famílias poderão assistir aos jogos dentro de estádio”, finalizou.
Em vários momentos as torcidas realizavam gritos de guerra em apoio a Chapecoense. Foi celebrado um culto ecumênico, onde dois padres e um pastor ministraram a celebração. A bandeira da Colômbia, estava ao lado do escudo da Chape, e do símbolo brasileiro. Uma união de clubes e países consolidando várias famílias.
Crianças acompanhadas dos pais, não continham a emoção, e logo as lágrimas tomavam conta de seus rostos. A gerente de Recursos Humanos, Elaine Strithorst, estava com sua família dando apoio, e com ela, milhares de torcedores. Fala que o foco principal de toda essa tragédia, foi a união das torcidas. Elaine explica que infelizmente a violência tomou conta do estádio, mas acredita que tudo irá mudar. “Isso é uma emoção incalculável. ”
A Colômbia prestou várias solidariedades. Elaine comenta que a união faz a força. “Nunca pode haver rivalidade, a ponto de ser inimigo”, declara.
Vários são mateuenses, estiveram presentes no Couto Pereira. O consulado ‘Coxa Samas’, organizou a excursão e levou torcedores de vários times para Curitiba. Algumas pessoas foram com seus veículos particulares. Todos falaram que essa emoção jamais será esquecida.
Reportagem Portal Cultura Sul FM
Fotos: Reprodução
