Internet é ‘vilã’ para videolocadoras no Vale do Iguaçu

Das 13 locadoras no passado restaram 3. Atendente diz que tenta se aliar às redes sociais para divulgação das promoções

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Atualizado há 8 anos

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Atendente de locadora, Vinicius Ariel Silva: “Acredito que a principal vilã deste mercado é a Internet”. (Foto: Wannessa Stenzel)

As prateleiras das videolocadoras estão cheias, mas falta o cliente alugar DVD ou Blu-ray para assistir em casa. O Vale do Iguaçu dispunha de cerca de 13 locadoras no passado, agora restaram 3. O motivo é o avanço tecnológico, cujo desafio é o mesmo para todos. Concorrer com a internet e seu farto cardápio de downloads (legais ou piratas) e serviços de streaming como o Netflix, além do acesso cada vez mais facilitado da rival TV por assinatura, é encarada como uma tarefa árdua.

De acordo com o atendente de uma locadora na área central de União da Vitória, Vinicius Ariel Silva, a tentativa é a de se aliar às redes sociais para divulgação das promoções. A locadora tem perfil nas redes sociais – Facebook e Instagram, onde são postados os lançamentos e novidades que chegam. “Estamos persistindo. Ainda temos os nossos clientes fiéis”, conta.

Vinicius lembra que nos auges da locadora, há uns três anos atrás, o final de semana apresentava recorde de aluguéis, cerca de 400. No final de semana passado, por exemplo, foram locados 60 filmes. A queda é expressiva. “Acredito que a principal vilã deste mercado é a Internet”.

Além de DVD e Blu-ray a locadora também aposta na comercialização dos itens de alimentação, refrigerantes e sucos.

Videocassetes

A febre da locação, que surgiu com os videocassetes, facilitando a vida das pessoas que queriam ver as novidades cinematográficas no sofá de casa, vem perdendo espaço. Os jovens de hoje, por exemplo, preferem a conectividade com o mundo e a rapidez de informações. Filmes longos como E o Vento Levou e Doutor Jivago, com mais de quatro horas de exibição, não têm vez para eles.