Caiu o número de desempregados na comparação entre o trimestre encerrado em abril e o terminado em maio. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação passou de 13,6% para 13,3% no período. Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) e foram divulgados na sexta, 30 de junho. Na prática, esse resultado significa mais de 270 mil brasileiros que conseguiram uma recolocação profissional entre um período e outro.
No Vale do Iguaçu, os números combinam com o acréscimo. De acordo com as equipes do Sine (Porto União) e da Agência do Trabalhador (União da Vitória), a subida, de fato, aconteceu, embora os números de vagas sejam bem menores que a procura por uma delas.
Sem apontar dados, o atendente do Sine, Valter Alves da Silva, diz que sim, houve acréscimo de vagas no período avaliado pelo IBGE, contudo, ainda falta oportunidade, especialmente para quem tem qualificação já que a maioria das novas vagas são para a área braçal das madeireiras. “Se formos considerar, ainda está praticamente a mesma coisa, na estabilidade mesmo. Tem semana que não entra nenhuma oportunidade de emprego”, revela.
Em junho – mês fora da pesquisa do IBGE – o Sine registrou um discreto aumente na oferta de vagas. “Mas é um carrossel, é de dez para mais que vão para uma mesma vaga. É uma romaria de gente”, compara. Para Valter, a receita é se manter estável no trabalho e quem perdeu a ocupação, “abraçar” o que vir pela frente.
Na Agência do Trabalhador, os dados animam um pouco mais. De acordo com a gerente da unidade em União, Tatiane de Fátima Stacechem, de janeiro até maio deste ano, 244 pessoas foram colocadas no mercado de trabalho, um salto bem considerável na comparação com o mesmo período do ano passado, onde apenas 46 tiveram a mesma chance. “Praticamente foram colocadas 200 pessoas a mais e foram abertas umas 130 vagas a mais”, comenta Tatiane.
Os índices elevam também a posição da cidade dentro do Estado. Dos 399 municípios do Paraná, União da Vitória está na posição 26. “Na crise de 2015, a cidade era o 376º”, compara a gerente. “O ranking (de abril) tem uma variação bem grande, mas o saldo é bem positivo essa diferença”, completa. Dos 19 escritórios regionais, o de União está em quinto lugar.
Caged destaca a colocação dos jovens no mercado
O cenário do emprego formal no Brasil desde o início do ano tem apresentado desempenho positivo. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do 1,24 milhão de contratações em maio, 611,42 mil foram de trabalhadores com até 29 anos. Como resultado, a diferença entre admissões e desligamentos gerou um saldo positivo de 73,29 mil novas vagas somente para essa faixa etária. Trabalhadores dentro desta faixa etária têm sido os grandes beneficiários do cenário positivo do emprego no país no período recente.
Também segundo dados do IBGE, dentro do primeiro trimestre do ano, a taxa de desocupação dos trabalhadores entre 18-24 anos foi de 28,8%, o dobro da média nacional (13,7%). Os jovens entre 14-24 anos representam 14,2% do total de ocupados e 40,7% dos desocupados, indicando forte concentração da desocupação na juventude. Nesse cenário, a recente geração de postos formais de trabalho é uma notícia particularmente positiva para os jovens. O estado que mais empregou jovens foi São Paulo. Em segundo lugar ficou Minas Gerais, com um saldo positivo de 14.581, sendo 10.140 para a faixa de 18 a 24. O terceiro é o Paraná, com saldo de 6.150.
Onde ficam?
Agência do Trabalhador
Na avenida Manoel Ribas, centro de União da Vitória. O atendimento por lá é das 8 às 14 horas
Sine
Fica no Centro Empresarial de Porto União. O expediente é das 8 às 11h30 e das 13 às 17 horas