CENTENÁRIO: Arquiteto justifica localização de monumento em Porto União

Garantia é de que trânsito volta ao normal assim que os tapumes forem retirados. Além do centro, marco com obelisco de 17 metros compõe a data

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Atualizado há 7 anos

(Foto: Mariana Honesko).
(Foto: Mariana Honesko).

Por conta de duas grandes obras, moradores e visitantes de Porto União tem vivido o centenário da cidade de maneira mais intensa, bem antes do dia 5 de setembro, quando a data é lembrada oficialmente.

A principal delas – e também a mais comentada na rede social – fica no centro, em frente ao Banco Bradesco. Ali, conforme a equipe da Secretaria de Planejamento, o marco dos cem anos é construído. Está ali para ficar bem próximo do chafariz, monumento que marcou os 50 anos da cidade: em uma ponta está o novo marco; na outra, o do cinquentenário. “Nossa ideia é alavancar o turismo da nossa região. A pessoa chega na cidade, tem o obelisco, tem uma praça, com tudo o que tem direito”, diz, animado, Ivo Werle Junior, que comanda o Planejamento em Porto União.

As obras, as polêmicas

A construção do marco na Praça Hercílio Luz tem sido alvo de polêmica. É que por estar bem na ponta da praça, o trânsito teve que ser alterado. E mudar a rota não tem agradado. Quem desce a rua Sete de Setembro, não consegue – por enquanto – alcançar União da Vitória descendo a via, até os trilhos. É preciso dobrar a direita ou esquerda, para chegar ao destino.

“Queríamos trazer o marco mais para perto da rua mesmo, para o pedestre vivenciar o centenário, para quem está de carro se interessar, para e ver, entrar no comércio. O marco ali também reduz a velocidade do trânsito, que é bem interessante. A questão visual também é importante, para quem desce a Sete de Setembro e até na Siqueira Campos, para visualizar o marco”, justifica o arquiteto, Roberto Gugelmim. “Foi o melhor local”, argumenta.

Reforçam a escolha do local, também, o fato da praça ser palco da festa do Xixo e das Etnias, por exemplo, além de outros eventos de grande porte. “Se fossemos fazer o marco mais no meio da praça, por exemplo, iriamos impedir a colocação das tendas. O marco também está ali, na ponta, e vai servir até como referência, mostrando a festa”, defende o arquiteto.

A obra do centenário, conforme Werle e Gugelmim, foi desenhada a partir das impressões coletadas com historiadores, com pessoas ligadas à cultura. A ideia é mostrar a elevação da cidade, mostrando seu começo e sua “subida”, em número de habitantes, de desenvolvimento e até na construção civil. O marco quer mostrar também o aspecto geográfico, lembrando que Porto União, na divisão de Estados – e daí quando nasceu – ficou com a parte mais alta das cidades. O nome de todos os prefeitos que já ocuparam o cargo, histórico do brasão da cidade, serão expostos no marco.

monumento-centenario-portouniao-0608XX4X“Nossa arquitetura que é rica, está pouco conservada mas existe. Temos a questão também de refletir no monumento um pouco mais sobre a história de Porto União, teremos ali o nome dos prefeitos, a história do brasão. É algo bem objetivo para marcar, até de um jeito poético, o que significa o município”, diz Gugelmin.

Bem menos polêmica é a obra que fica no acesso da cidade, próximo da entrada da Área Industrial. Ali é construída a Praça do Centenário. O espaço leva o nome do prefeito do cinquentenário, Victor Buch Filho, que faleceu há poucos meses e que vinha ajudando na montagem da programação da festa do primeiro século. Inclusive na praça, haverá frases escritas pelo ex-prefeito, para marcar a data.

No local, um obelisco de 17,5 metros de altura é construído. “Ele será um dos dez maiores do País”, comemora Werle. Segundo ele, é também ali que haverá painéis moveis com informações turísticas. “Tudo descrito com fotos, com painéis. Se entrar uma nova atração, troca-se a película. É algo móvel, bem interessante”, revela.

Inaugurados – a previsão é de que isso aconteça no dia 5 de setembro, de fato – os dois marcos devem ser usados em outras campanhas. Eles poderão ser “vestidos” com as cores das ações e também serem palcos para elas. Segundo a equipe de Planejamento, embora o valor não tenha sido expresso, os recursos para as obras não comprometem o orçamento municipal.

PARQUE

Com 35 mil metros quadrados, o parque do centenário deve ser concluído até o final do ano. Não fica pronto, portanto, para a festa de setembro. “Preferimos trabalhar com duas obras e terminar a terceira no ano do centenário”, explica Werle. O parque fica no espaço onde funcionava uma olaria, no bairro Santa Rosa. Por lá, a terraplanagem já foi feita.