Às 13 horas de ontem, o nível do Iguaçu, marcado embaixo da Ponte de Ferro, era de 1,71 metros. Os números estão abaixo do que os especialistas e a equipe de monitoramento considera médio para o rio, 2,45 metros. “É uma estiagem longa por conta da falta de chuva”, define o jornalista e proprietário do Parque Histórico Iguassu, Dago Woehl. Conforme ele, a estiagem tem pelo menos 30 dias na região do Vale do Iguaçu. A última chuva – antes da de ontem – teve 12 mililitros de precipitação, muito pouco para fazer o nível do Iguaçu subir e alcançar a normalidade.
Mesmo baixo, o Iguaçu ainda está distante de dois cenários marcantes na história da região. Em 1984 e em 2006, o nível esteve tão aquém da média que foi possível caminhar embaixo das pontes – especialmente na altura da Domício Scaramella – sem sequer molhar os pés. “Foi algo desesperador”, lembra Woehl. “Ficamos um ano sem navegar”, completa, falando sobre o fenômeno dos anos 2000.
Racionamento não é sugerido
Mesmo com as réguas indicando ainda menos de dois metros, a orientação de consumo com cautela de água ainda não é cogitada pela equipe local da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). “Até o momento está tranquilo. A gente faz o tratamento, tem o volume, sem risco de falta. Mas claro que, se a estiagem continuar, talvez tenhamos que rever isso”, pontua o gerente da unidade de União da Vitória da empresa, Bolívar Luiz Menoncin Junior.
Por outro lado, para o gerente, é importante que a população mantenha o consumo consciente o tempo todo, com ou sem estiagem. “Lavar menos calçadas, carro, dar uma controlada nisso para não ter um problema para frente”, lista. A reportagem do jornal O Comércio fez uma lista de outras maneiras de reduzir o desperdício (veja quadro).
Evitando desperdícios
Embora o Vale do Iguaçu não esteja enfrentando racionamento de água ou crise no abastecimento, vale a pena consumir a água de maneira criteriosa. Entre as medidas que podem ser adotadas para se evitar o desperdício de água, estão elas: não lavar veículos e calçadas e molhar as plantas com mangueira, verificar constantemente as condições do hidrômetro, checar se não existem possíveis vazamentos e observar se o registro está aberto.