Com apenas 2,3% do território nacional, o Paraná é responsável por 12% de toda a produção rural do Brasil, o que faz do setor o grande motor da economia dos municípios do interior do Estado. Marca esta que se tornou possível após décadas de mobilização e trabalho dos produtores rurais. O Sistema FAEP/SENAR-PR sempre foi um protagonista nesse sentido e, mais uma vez, toma a frente para garantir a prosperidade que vem do campo. A entidade entregou aos pré-candidatos ao governo do Estado o
‘Plano Diretor para o Agronegócio do Paraná 2019-2022’. Trata-se de um documento que reúne aspectos fundamentais para garantir que o setor siga firme nos trilhos do desenvolvimento.
O presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, lembra que em um país com sistema econômico capitalista, caso do Brasil, o setor privado gera riqueza, renda, empregos e impostos, cabendo aos governos (municipais, estaduais e federal) criar as melhores condições possíveis para que a iniciativa privada cumpra com essa missão econômica e social. “Por abranger todo o Estado e, direta ou indiretamente, abranger praticamente toda a população, o agronegócio é um setor vital para a economia e a sociedade do Paraná e como tal merece um tratamento diferenciado”, defende o presidente.
O documento é dividido em três eixos. No primeiro há uma contextualização da importância do agro para a economia do Estado e para todosos paranaenses. No segundo tópico são trazidos objetivos e metas para o desenvolvimento sustentável do agronegócio do Paraná. O terceiro capítulo, por sua vez, traz em detalhes as propostas para direcionar os trilhos do agronegócio em suas diversas áreas. Entre elas estão programas especiais, políticas públicas, segurança no campo, educação, estradas rurais, saneamento básico, habitação, comunicação, infraestrutura, biogás, bioenergia e abastecimento de eletricidade.
Grupo Estratégico do Agronegócio
Uma das principais propostas do documento é a criação de um Grupo Estratégico do Agronegócio, com a coordenação direta do governador e secretariado pela Agência de Desenvolvimento. Nessa instância, a partir de sua criação, serão planejadas e colocadas em prática ações para garantir investimentos no agronegócio, permeando todas as cadeias produtivas, desde a produção no campo até o seu comércio e industrialização. Assim, com a devida autonomia e autoridade do novo órgão, será possível mobilizar todo o aparato do Estado para facilitar a implantação de projetos no setor, em conjunto com organizações da iniciativa privada (veja a proposta de funcionamento do na
página 9).
“Pela sua importância, o agronegócio precisa ter um grupo gestor, formado por secretarias e setor privado, ligado diretamente ao governador para trabalhar estrategicamente programas, projetos e políticas públicas”, defende Meneguette. “Criar essa governança no Estado permite ter um fórum fixo para acelerar os
processos, além das entidades parceiras darem respaldo técnico”, complementa. A medida é primordial, na avaliação do Sistema FAEP/SENAR-PR, já que em função dos novos cenários do agronegócio do Paraná, a renda dos produtores rurais só irá aumentar se houver maior produtividade e acréscimo de valor agregado nas cadeias produtivas. O plano aponta que é urgente o Paraná estruturar e operacionalizar essa coordenação técnica e política para conduzir projetos e ações para o agronegócio, com maior eficácia, aproximando o Governo do Estado com os maiores interessados, representados pelas organizações dos produtores rurais e agroindústrias.