O Paraná foi o único Estado a registrar crescimento na variação de empregados com carteira assinada no setor privado no segundo trimestre de 2019. Houve evolução tanto na comparação com o primeiro trimestre de 2019 quanto com o segundo trimestre de 2018. Os aumentos foram de 3,4% e 4,2%, respectivamente.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (15). As outras 26 unidades da federação permaneceram estagnadas ou registraram quedas em ambos os períodos de comparação.
Segundo o IBGE, o Paraná foi o terceiro Estado com maior percentual de empregados com carteira assinada no setor privado, com 81,4% no segundo trimestre de 2019. A região Sul se destacou neste quesito, com os três primeiros lugares do País. Em Santa Catarina a taxa foi de 87,6% e no Rio Grande do Sul de 83,3%, enquanto a média nacional ficou em 74,3%.
Segundo o secretário de Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, os números refletem a melhoria no atendimento das Agências do Trabalhador e a aproximação do governador Carlos Massa Ratinho Junior com o setor privado. “Nosso Departamento do Trabalho se destaca por ter uma atuação proativa, procurando grandes empresas para fazer a intermediação de mão de obra e desta forma recolocar mais rapidamente os paranaenses no mercado formal de trabalho”, disse.
Leprevost citou como exemplos a articulação para que as Agências sejam as intermediadoras de vagas nas obras da segunda ponte de Foz do Iguaçu, no Hard Rock Hotel do Norte do Paraná e na nova planta da Klabin, em Ortigueira. Serão mais de 12 mil vagas.
TAXA DE DESEMPREGO – O balanço de trabalhadores com carteira assinada consta do índice de taxa de desemprego do País no segundo trimestre de 2019, que recuou para 12%, contra 12,7% no levantamento do primeiro trimestre.
O Paraná registrou uma taxa de desemprego de 9%, bem menor que a média brasileira. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (8,3%), Rio Grande do Sul (8,2%), Rondônia (6,7%) e Santa Catarina (6%) ocuparam os cinco primeiros lugares.
CURITIBA – A PNAD Contínua também apontou evolução no emprego na Região Metropolitana de Curitiba, com redução na desocupação de 11,6% no segundo trimestre de 2018 para 10% no segundo trimestre de 2019, terceiro melhor resultado do País – atrás apenas das grandes Florianópolis e Goiânia.
Os números de Curitiba também figuram positivamente na pesquisa, apesar de leve alta de 8,3% para 9% entre o primeiro e o segundo trimestre de 2019. A capital do Paraná é a quinta do País com menor taxa de desocupação, atrás de Florianópolis, Goiânia, Campo Grande e Porto Alegre.
ÍNDICE NACIONAL – Considerando-se as variações em relação ao primeiro trimestre do ano, a taxa de desocupação recuou em 10 das 27 unidades da federação, permanecendo estável nas demais. O número de desalentados no segundo trimestre de 2019 foi de 4,9 milhões de pessoas de 14 anos ou mais. A PNAD Contínua estima que cerca de 3,3 milhões de pessoas procuram trabalho há dois anos ou mais.
Confira AQUI a tabela com a comparação entre o primeiro e segundo trimestre de 2019 e AQUI a tabela com a comparação entre o segundo trimestre de 2019 e o mesmo período de 2018.
Box 1
Economia do Paraná cresce mais do que a brasileira, aponta BC
Segundo o Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central, a atividade econômica do Paraná avançou 0,56% em junho em comparação a maio de 2019 (resultado com ajuste sazonal), enquanto a economia brasileira cresceu 0,3% no mesmo período.
No acumulado dos seis primeiros meses deste ano, em comparação a igual período de 2018 (sem ajuste sazonal), o índice paranaense apresentou crescimento de 2,65%. O único resultado negativo (-0,09%) ocorreu em junho de 2019 em comparação a junho de 2018 (sem ajuste sazonal). A economia brasileira, na contramão, cresceu apenas 0,62%, sem ajuste sazonal.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) é um indicador que antecipa o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) – que é calculado pelo IBGE. Apesar das reduções, há previsão de alta de cerca de 0,8% no PIB brasileiro em 2019.