Representantes de várias bancadas defenderam a reposição das perdas inflacionárias nos salários dos agentes da segurança pública catarinense durante a sessão de terça-feira, 22, da Assembleia Legislativa.
“Mente quem diz que é aumento, eles perderam praticamente 40% do valor de compra dos seus salários, isso é fato. A saúde foi contemplada, a educação foi contemplada e a segurança não foi”, afirmou Sargento Lima (PSL), acrescentando que as perdas totalizam 37%.
Lima informou que na reunião com o governador ficou acordado a abertura de um canal de comunicação e sugeriu ao Chefe do Executivo que “chame as associações dos policiais e se acerte com elas”.
Laércio Schuster (PSB), Felipe Estevão (PSL), Ricardo Alba (PSL), Luciane Carminatti (PT) e Ivan Naatz (PV) também apoiaram as reivindicações dos policiais militares, civis, bombeiros e técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP).
“(O governador) tem graves dificuldades de ouvir as pessoas, e entidades são pessoas, se queremos errar menos e acertar mais, temos de ter o princípio forte de ouvir”, ponderou Schuster, que elogiou Lima pela defesa dos interesses dos policiais.
“Nossa bancada está unida dando força ao teu trabalho, todos os deputados estão apoiando a causa da segurança pública”, declarou Estevão.
“Somam seis anos sem reposição inflacionária, não culpo o atual governo, mas a solução terá de vir do atual governo”, admitiu Alba.
“Recebi informação do secretário da Educação de que este ano não teria nenhum reajuste para o magistério e para nenhuma categoria em Santa Catarina. Não sei se é um jogo, mas é fato que são áreas essenciais e que precisam ser tratadas com carinho”, discursou Carminatti.
“A polícia civil também é massacrada pela falta de atenção, da mesma forma os professores, mas agora temos uma grande oportunidade, temos alguns deputados do PSL que são do partido do governador e o governador é um policial, embora seja um coronel, aposentado muito jovem, certamente também sente os desafios da reposição inflacionária”, argumentou Naatz.
Já os deputados Maurício Eskudlark (PL), líder do governo, e Coronel Mocellin (PSL) enfatizaram o diálogo entre governo e policiais.
“A reivindicação é justa, o governo pegou a folha com mais de 50%, mas conseguiu reduzir, a expectativa é de que entre em outubro dentro do limite para que o governo possa conversar com as categorias para ver o que é possível. O diálogo é o melhor caminho”, insistiu Eskudlark, referindo-se aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“É possível um cronograma, dialogando vamos chegar”, avaliou Mocellin.