Com uma pauta enxuta e com a ausência não justificada no plenário do 2º Secretário, o vereador Carlos Roderlei Pinto (PR), o destaque da segunda sessão ordinária de 2020 realizada na noite de segunda-feira, 10, da Câmara de Vereadores de Porto União foi, mais uma vez, a insatisfação dos legisladores diante da falta de atenção do Governo do Estado para Porto União.
Assim como na semana passada, quando o presidente da Casa, Sandro Luciano Calikoski (MDB) usou a tribuna para cobrar mais atenção para o município, especificamente referente à Segurança Pública (ele se queixou da falta de investimentos na Policia Militar), na segunda-feira, o vereador Luiz Alberto Pasqualin (PP), usou sua fala no grande expediente para demonstrar sua indignação no que ele define como “mais um exemplo de descaso do governador por Porto União”.
Desta vez, o discurso é sobre o anúncio feito na semana passada pela SCGás de mais de R$ 410 milhões em investimentos para atender 16 novas cidades em várias regiões do Estado para a implantação de 432 quilômetros de rede de distribuição, aumentando em 25% o volume de distribuição de gás natural. Entre os municípios contemplados com os investimentos estão Canoinhas, Mafra e Três Barras.
“Esses investimentos serão realizados em parte do Planalto Norte e, Porto União, mais uma vez está esquecida neste sentido. Isso causa um transtorno político muito grande para a nossa região”, falou Pasqualin.
Para o parlamentar, entre os motivos para a falta de cuidado, está o número de eleitores da cidade, nada atrativo para os políticos e, principalmente, a falta de um representante político no âmbito estadual e federal impede de conseguirem recursos significativos. “Até a Serra de Joinville, não há sequer um representante na esfera estadual e muito menos na federal. Isso vai nos levar ao caos. Quando vamos à capital do Estado temos que implorar para que aqueles que foram aqui bem votados nos ajdem. Porto União está esquecido”.
Ambulantes
Primeiro a falar na reunião no pequeno expediente, o vereador Fernando Moreira (PR), cobrou do Executivo Municipal uma fiscalização mais rigorosa quanto a questão de vendedores ambulantes. Baseado no artigo 123 da Lei Complementar Municipal 012/2000, ele definiu a atividade deste tipo de negócio, e pediu aos fiscalizadores, a verificação do que consta na Lei.
“Temos que preservar e valorizar o nosso comércio local. Os ambulantes vêm de fora, sem Álvará, não geram emprego e levam o dinheiro do nosso município”.
Ordem do dia
Para discussão, entrou na pauta o parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Patrimônio do Processo nº 0108/2019, que homologa o 1º Termo Aditivo ao Contrato de Repasse, no qual se refere ao asfaltamento de ruas de Porto União. O parecer foi aprovado por todos. Em seguida, com uma hora de duração, a reunião foi encerrada.