Projeto prevê apoio às pessoas com deficiência no ambiente de trabalho

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Atualizado há 5 anos

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. À tribuna, em discurso, senador Flávio Arns (Rede-PR). (Foto: Beto Barata/Agência Senado).
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária.
À tribuna, em discurso, senador Flávio Arns (Rede-PR). (Foto: Beto Barata/Agência Senado).

O senador Flávio Arns (Rede/PR) apresentou Projeto de Lei nº 357/2020 no Senado Federal que prevê as atividades de Apoiador Laboral com o objetivo de garantir às Pessoas com Deficiência (PcD) o direito a apoio profissional durante o processo de adaptação ao trabalho, contribuindo para uma maior autonomia, emancipação e inclusão social.

Pelo projeto de Arns, caberá ao Apoiador Laboral de Pessoas com Deficiência a função de, quando necessário, orientar esses novos profissionais em seu itinerário, colaborar para a adaptação deles às estruturas físicas das empresas e ao relacionamento sadio com os colegas de trabalho.

O parlamentar explica que não se trata de uma presença por prazo indefinido, que gere dependência.

“O objetivo, em última instância, é o alcance da autonomia da Pessoa com Deficiência dentro do ambiente laboral. Vale destacar que no ambiente escolar a presença do apoiador já é bem conhecida”.

Para evitar encargos à inciativa privada, o Projeto de Lei proposto pelo parlamentar permite que as funções de Apoiador Laboral, a critério das empresas, possam ser absorvidas por funcionário já existente nos quadros da organização, sendo, pois, dispensável a necessidade de realizar contratações adicionais especificamente para essa finalidade.

“O nosso objetivo não é gerar custos financeiros a mais, pois estamos cientes das elevadas taxas de obrigações, encargos e impostos das empresas. Por outro lado, temos certeza que a presença dos apoiadores vai melhorar o desempenho e o resultado do trabalho das Pessoas com Deficiência em benefício dos empregadores e dos empregados. Não se trata de uma regulamentação da profissão de “Apoiador”, mas, sim, da afirmação dos direitos dos trabalhadores com deficiência ao apoio especializado”, finaliza o senador Flávio Arns.