Sérgio Moro avisa que pode deixar o governo Bolsonaro

Presidente tenta reverter o quadro

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Atualizado há 5 anos

Jair Bolsonaro e Sérgio Moro. (Foto: Reprodução).
Jair Bolsonaro e Sérgio Moro. (Foto: Reprodução).

A troca da diretoria-geral da Polícia Federal, hoje ocupada por Maurício Valeixo, causa impactos no Governo Federal. Ao ser informado pelo Presidente Jair Bosonaro sobre a mudança, o ministro da Justiça Sergio Moro teria informado hoje, que poderá se demitir, caso a troca aconteça. A Assessoria do ministro ainda não confirma oficialmente estas informações.

Os ministros Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) foram incumbidos por Bolsonaro, para convencer Moro a desistir do pedido.

Maurício Valeixo, diretor-geral da PF. (Foto: No Minuto.com).
Maurício Valeixo, diretor-geral da PF. (Foto: No Minuto.com).

Jair Bolsonaro comunicou a Moro que a troca na direção-geral da PF deverá acontecer nos próximos dias. E nos bastidores, aliados do Ministro afirmam que ele deixa o cargo caso Valeixo seja mesmo desligado.

Valeixo é homem de confiança de Moro, sendo escolhido pelo Ministro para ocupar da direção-geral da PF. Porém, desde o ano passado, Bolsonaro com o objetivo de ter o controle da atuação da Polícia, tem o interesse de trocar o comando da PF.

Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Nos bastidores da política, comenta-se que em alguma coisa há consenso entre Bolsonaro e o Congresso. Pois os chefes das duas Casas Legislativas – Rodrigo Maia na Câmara e Davi Alcolumbre no Senado – são a favor da demissão de Valeixo, que simboliza a Operação Lava Jato.

Moro inclusive ao aceitar o convite para assumir o Ministério da Justiça, chegou a afirmar para a imprensa que estava “cansado de tomar bola nas costas”, por isso abdicou da carreira de juiz federal, a qual ganhou notoriedade na condução da Lava Jato.

Há suspeitas de que a PF possa ter descoberto as relações entre a tal “milicia digital” que comanda ataques à adversários do presidente, e a família de Bolsonaro. Além disso, a CPI das Fake News avança também a passos largos, decifrando parte do relacionamento do que é considerado a operação que seria chefiada pelo “gabinete do ódio”.