Turbulências na Uniguaçu

O meio acadêmico do Vale do Iguaçu foi sacudido nesta semana

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Atualizado há 5 anos

Centro Universitário do Vale do Iguaçu - Uniguaçu. (Foto: Reprodução).
Uniguaçu. (Foto: Reprodução).

A denúncia de que um professor universitário que ocupava cargo de prestígio teria falsificado suas graduações causou alvoroço nas redes sociais e questionamentos por parte de pais e alunos da Uniguaçu.

Adicionalmente, estudantes representando o Curso de Direito da mesma organização emitiram uma nota oficial cobrando e tecendo críticas às medidas adotas no enfrentamento da Covid-19 e que segundo eles causam grandes perdas no ensino.

Sobre o caso da falsificação

Professor universitário e até então Pró-reitor Acadêmico da Uniguaçu, Atílio Augustinho Matozzo, foi denunciado ao setor de ouvidoria da Universidade Federal do Paraná – UFPR, a respeito de suas titulações, as quais justificariam sua posição na instituição de ensino.

Atílio Matozzo. (Foto: Reprodução).
Atílio Matozzo. (Foto: Reprodução).

Um documento do setor de ciências humanas e pós-graduação em letras da UFPR, indica que Atilio Augustinho Matozzo realizou a graduação entre 2008 e 2010, completando os créditos em disciplinas referentes ao mestrado em 2009 e realizando exame de qualificação no mesmo ano.

Porém, o documento afirma que não teria acontecido a defesa de dissertação, o que por decisão administrativa o desqualificou do programa de pós-graduação da UFPR. Com isso, não lhe teria sido conferido o título de mestre.

A UFPR afirma também que o professor não teria reingressado no programa após seu desligamento, nem para a conclusão de seu mestrado, muito menos para o início de um eventual doutorado.

Confira aqui a íntegra dos documentos da UFPR

Versão do acusado

Procurado pela reportagem, Atílio afirmou que está seguindo orientações de seu advogado a respeito do caso e enfatizou que as acusações não procedem:

“Sou um profissional reconhecido pelo meu trabalho por todos os lugares por onde passei. Referente ao ocorrido as acusações são descabidas nunca houve falsificação. As respostas e comprovações serão dadas no momento certo. Agora reforço, que o meu papel de educador foi cumprindo”, diz.

Sobre o episódio do repúdio dos acadêmicos

A Associação Atlética de Direito da Uniguaçu divulgou uma nota em sua conta na rede social. Segundo o texto, as formas adotadas pela instituição para o cumprimento das aulas do curso de direito no período de pandemia prejudica a formação dos acadêmicos.

A união de turmas, diminuição da carga horária e período de aulas são apontados como principais fatores da insatisfação.

Além disso, questionam o pagamento integral da mensalidade mesmo sem utilizaram a estrutura da instituição, pois devido a pandemia os conteúdos estão sendo aplicados com aulas online.

O posicionamento da nota isenta os professores que segundo eles tem tentado ensinar com qualidade, respeitando as limitações e trabalhando para que não tenham um semestre perdido, mesmo tendo reduções de jornada e salário.

Por fim, a Atlética lamentou o fato envolvendo o professor Atílio Matozzo dizendo que o assunto gerou ‘grande repercussão’ e cobrou um posicionamento da Uniguaçu; o que aconteceu pouco depois também por meio de nota.

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Posição da Uniguaçu

Na noite desta sexta-feira, 24, a organização divulgou em suas redes sociais uma nota oficial sobre o caso envolvendo o professor Atílio Matozzo. A reportagem também procurou a instituição e segundo a assessoria de imprensa a Uniguaçu já se pronunciou com a nota.

Questionando também sobre o repúdio da Associação Atlética de Direito a assessoria afirmou que a posição da Uniguaçu já foi divulgada após a manifestação da Atlética, e que em caso de novo posicionamento, o mesmo será feito pelos canais oficiais da instituição; porém a nota original não faz menção às críticas emitidas pelos representantes do curso de direito.

Na nota, a Uniguaçu afirma que soube das denúncias pelas redes sociais, afirmando que seu setor jurídico está apurando a veracidade dos documentos apresentados pelo professor Atílio Matozzo no momento de sua contratação.

Por fim enfatiza que instaurou processos civis, criminais e administrativos e se posiciona como vítima de fraude acadêmica pelo ocorrido.

LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA

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