As outras vítimas das enchentes

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Atualizado há 11 anos

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Fotos: Jair Piloto Nunes

Seu Luiz, morador do Bairro São Bernardo, na beira do Iguaçu, teve sua casa invadida pelas águas do Rio Iguaçu. Do alto da sua humildade, seu Luiz é um voluntário e acolhe cachorros de rua das imediações da Raia, CTG proximidades. Sem lugar para colocar seus cachorros adotados, seu Luiz improvisou: colocou tambores com panos no estacionamento de uma casa de shows na Avenida bento Munhoz. A coordenadoria de Defesa Animal do município se responsabilizou pela alimentação destes cachorros.

O problema é que tem gente abandonando outros cães no local, ou os próprios animais abandonados procuram refúgio no local. Até a tarde de ontem aproximadamente doze cachorros estavam no local. A coordenadora de Defesa Animal do município, Marlene Goulart Jakubiw, relata que o poder público realizou um feito inédito: resgatou cães abandonados e procurou seus donos nos abrigos públicos e casas de parentes. “Alguns ficaram pelo meio do caminho, mas cadastramos as casas e eles serão devolvidos no retorno das famílias”, disse Jakubiw.

Coordenadoria de Defesa e Proteção Animal

IMG_2637Preocupado com a superpopulação de cães abandonados em União da Vitória o prefeito Pedro Ivo Ilkiv criou um departamento de Defesa e Proteção Animal. A professora Marlene Goulart Jakubiw, ativista que atuava de forma independente no resgate de cães de rua maltratados, foi nomeada no final do mês de março coordenadora de implantação do Programa de Políticas Públicas em Defesa e Proteção Animal. A prefeitura está implantando as políticas públicas municipais de defesa e proteção animal. “É bom lembrar que em União da Vitória não existe nada sobre o assunto. Nenhuma Lei”, explicou. Ela alertou ainda que a prefeitura não faz milagres e a implantação dos programas não acontecerão do dia para a noite.

Jakubiw afirmou ainda que está sendo criado um Conselho Municipal de Defesa e Proteção Animal, Deliberativo e Consultivo, composto por várias entidades, envolvendo toda a sociedade nas ações de defesa animal. Outra ação é criação do Fundo Municipal de Proteção Animal, para receber fundos do Conselho Federal. A matéria está tramitando no Congresso Nacional.

Proteção animal

IMG_2635A prefeitura está implantando programas em três etapas distintas. A primeira delas é o senso populacional de cachorros, para identificar, por bairros, quantos cães existem e quem são os donos. Na segunda etapa devem ocorrer os trabalhos de identificação digital dos cães por meio de “micro chips”, onde dados como a identificação dos proprietários estarão disponíveis.

Paralelamente está sendo programada a castração cirúrgica dos cães machos e fêmeas. Para essa etapa ser implantada é preciso o engajamento da sociedade, da Uniguaçu e do Poder Público, pois a castração tem custo entre o pré e o pós-operatório, além da cirurgia em si. A prefeitura já acertou o convênio com a clínica veterinária mantida pela Uniguaçu. E, por último, as feiras de adoção e as campanhas de posse responsável, que é o ato de zelar pela proteção e segurança dos animais de estimação.

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