BBom: contas são congeladas por suspeita de pirâmide financeira

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Atualizado há 11 anos

telexfree
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Após o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinar no início desta semana a abertura de investigação policial relativa às atividades da empresa TelexFree no Brasil por suspeita de pirâmide financeira, outro grupo teve suas contas bloqueadas devido à mesma suspeita na noite de quarta-feira, 10.

A empresa da vez é a BBom, que supostamente vende rastreadores. A BBom informou ser um braço da Embrasystem que comercializa produtos e serviços oferecidos pela empresa por meio de marketing multinível. Este tipo de marketing é um modelo de varejo que premia os vendedores pelo desempenho de outros vendedores que atraem para a rede. Os rastreadores mais vendidos pela BBom são os de carros.

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A empresa tem cerca de 300 mil associados e R$ 300 milhões arrecadados e a transferência de quase cem carros, dos quais duas Ferraris, um Rolls Royce e quatro Lamborghinis foram congelados pela Justiça Federal.

Os pagamentos aos revendedores da BBom, os associados, já estão sendo prejudicados pela medida.

Outras empresas são investigadas

multiclick
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A Multiclick que trabalha com publicidade online, será investigada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN), em conjunto com outras quatro empresas. A Nnex, Priples, Cidiz e Telexfree.

A Telexfree tem aproximadamente R$ 450 mil e 600 mil divulgadores e  comercializa pacotes de telefone por internet (VoIP, na sigla em inglês).

nnex
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A NNEX se identifica como catálogo eletrônico de produtos e serviços e afirma que trabalha com a seleção de parceiros com produtos e serviços de interesse do público alvo da empresa, além da motivação do grupo de afiliados para consumo e revenda dos itens do catálogo.

Outra empresa que trabalha da mesma forma com marketing multinível é a Priples, que tem sua sede na cidade do Recife e está associada à venda de espaços publicitários na internet.

cidiz
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Já a Cidiz informou que adotou o sistema de vendas diretas por modelo multinível para atuar no mercado de moda, no qual comercializa peças de vestuário, calçados e acessórios.

Mas o que todas essas empresas tem em comum é a forma de recrutamento de “associados”. As empresas atuam atraindo consumidores por meio de investimento financeiro sob a promessa de retorno rápido do capital investido e lucros altos para os padrões normais das atividades desenvolvidas pelas empresas.

Pirâmide financeira

As chamadas “Pirâmides” são golpes no qual os pagamentos aos investidores são provenientes de novas aplicações. Quando o dinheiro não é suficiente para cobrir os resgates, estes começam a atrasar e são, finalmente, interrompidos, gerando perdas para os que investiram.

No caso do golpe da pirâmide financeira, o usuário paga uma taxa de adesão e a partir daí passa a ser um divulgador, recebendo semanalmente por isso. Por cada indicação, ele recebe uma comissão, assim como pelos ganhos semanais da pessoa indicada. E isso acontece sucessivamente.

Os primeiros esquemas de Pirâmides apareceram no Brasil no início da década de 90 e anos 2000.

No País a empresa que trabalha com esse tipo de funcionamento é ilegal perante a constituição do consumidor. Pois os primeiros a entrarem na empresa lucram, os que entram agora ficam na expectativa e em algum momento alguém vai sair lesado.