MENOS ELEIÇÃO, MAIS PANDEMIA

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Atualizado há 4 anos

Eleições municipais representam fim de um ciclo e começo de outro. Devido ao impacto que o resultado gera na qualidade de vida das pessoas, a cobertura de uma eleição envolve muito planejamento e trabalho em equipe. Nos dedicamos exaustivamente a cobrir as eleições 2020 de ângulos diferentes, trazendo matérias analíticas e comparativas, entrevistas exclusivas e material inédito de parceiros externos, além também da Agência Estado, nosso mais novo fornecedor de conteúdo nacional e internacional.

Durante a cobertura ao vivo da apuração realizada pela CBN Vale do Iguaçu, divulgamos em primeira mão, por volta das 18 horas do domingo 15 de novembro, o resultado do prefeito eleito em União da Vitória. Os números finais não foram exatos devido a apenas 5 erros de digitação em 2 sessões diferentes, conforme apuramos após a divulgação oficial dos Boletins de Urna pelo TSE; o que não alterou o resultado final, nem o ranking dos mais votados. Este tipo de apuração paralela só é possível devido ao empenho de uma grande equipe de pessoas que percorrem as sessões eleitorais, recolhendo os Boletins de Urna, contribuindo essencialmente para a cobertura, num belo esforço colaborativo.

Informar exige responsabilidade, e passado o momento eleitoral; focamos nosso trabalho novamente naquilo que é mais relevante: o recrudescimento da pandemia do Covid-19; que seja pelo ânimo com a esperança depositada na vacina ou devido ao esgotamento após meses de privações, levou um grande número de pessoas a relaxar nos cuidados para evitar a disseminação e o resultado da imprudência foi a disparada dos casos.

As infecções deram um salto e a ocupação dos leitos de UTI em hospitais de várias cidades no mundo todo voltou a atingir patamares preocupantes. A média diária de mortes em decorrência da doença é cerca de metade do que foi no momento mais agudo da pandemia no Brasil, mas os indícios são de vertiginoso crescimento. Diante do quadro não houve alternativa aos governos a não ser recuar na flexibilização das medidas protetivas, por ora, as mais agudas serão somente restrições de capacidade e horário de atendimento.

A prudência deveria servir como alerta para a população de que, ao contrário do que muitos possam pensar, a pandemia não acabou. O recuo é absolutamente necessário diante do aumento do número de casos de covid-19, e parece não haver discussão quanto ao acerto das medidas, logo que se visa evitar o colapso da capacidade de atendimento especializado para os casos mais graves. Há quem defenda que o as medidas de flexibilização deveriam ter sido adotadas mais cedo, ainda antes das eleições, e há os que pensam que o momento correto é este.

Especialistas da Saúde temem uma “explosão” de casos de covid-19 no País no início de 2021. O temor se deve às festas de fim de ano, época em que familiares e amigos confraternizam, muitas vezes sem máscara e sem o devido distanciamento. Não se deve baixar a guarda pois o novo coronavírus já matou mais de 173 mil pessoas no País e continua fora de controle. Considerando-se que a vacina ainda não é uma realidade, é dever das autoridades e dos cidadãos levar a pandemia muito a sério.

Nos comprometemos a seguir fazendo nosso melhor, para que você fique sempre muito bem informado.

Boa Leitura !