Viagens em tempos de pandemia

Especialistas acreditam que período será marcado por novas exigências de turistas

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Atualizado há 4 anos

 

Um dos setores mais afetados em todo o mundo pela pandemia do coronavírus foi o turismo. Segundo previsões do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), o segmento pode perder até 100 milhões de empregos durante o período. Ainda de acordo com o Conselho, a previsão é de que o turismo só volte a decolar em 2023.

Para driblar a crise, as agências de viagens estão mudando estratégias para atrair o público que pretende viajar nos próximos meses, como acrescenta a proprietária de uma agência de idiomas e viagens em Porto União, Tania Mara Dai Prai.

“É fato que as empresas líderes em turismo deverão se reinventar para se adequarem às demandas do novo turismo, que surgirá quando a pandemia acabar. A tendência é de que as viagens sejam retomadas no decorrer dos meses e até de anos”.

Vale ressaltar que na Europa existem países que dependem profundamente de turistas, como é o caso da Geórgia (31%), Malta (27%) e a Croácia (25%). “O objetivo do setor é evitar a falência de pequenos negócios que dependem do turismo. Sempre apostamos em ofertas e promoções para o público final”, comenta Tania.

A profissional recorda que quando começaram os primeiros casos da Covid-19 e que o assunto ‘pandemia’ passou a ganhar notoriedade, ninguém – muito menos ela, imaginou o alcance que a doença iria tomar.  “Atuamos em duas frentes, idiomas e turismo, e que foram muito afetados no período; em torno de 95% das atividades foram suspensas”.


Reinvenção no turismo

Tania admite que será preciso reinvenção no turismo durante e no pós-pandemia. “Nós, especificamente já estamos pensando a longo prazo. Já temos um planejamento assertivo para 2022 em diante; porém isso não significa que as pessoas parem de viagem até lá, pois os critérios de segurança estarão sempre presentes”.

Tania conta ainda que muitos clientes tiveram que lidar com a frustração e ansiedade em desmarcar viagens e até em transferi-las, porém para outro momento.

“Eu acredito que o turismo terá uma guinada e que vai voltar mais forte do que era no pós-pandemia”.

Segundo ela, as viagens praticamente foram todas canceladas, em razão dos despachos aéreos e das fronteiras fechadas, em especial no ‘boom’ da pandemia que ocorreu em março deste ano.

Além disso, um dos atrativos para buscar consumidores tem sido a aposta em pacotes mais baratos.


Destinos procurados

Foi um período de congelamento nas viagens. De acordo com Tania, as pessoas têm buscado informações, mas ainda com muito receio.

“No momento, observo que as pessoas buscam viagens mais próximas e em território brasileiro”.

Os moradores do Vale do Iguaçu têm intenções de viajar em janeiro e fevereiro do ano que vem. “O Paraná e Santa Catarina já criaram incentivos para que se viajem dentro dos estados. É um momento difícil para todos; estamos juntos e no mesmo barco”, diz.


Idiomas com aulas online

Tania acredita que o ensino híbrido* será o legado da pandemia para a educação. A doença respiratória mudou o mundo e deve remodelar a sociedade.

“Porém, mesmo com a crise econômica, as pessoas têm buscado aulas online para aprender outra língua durante a pandemia”.

Desde agosto, a escola de idiomas apostou em uma maneira diferente para manter o ensino e respeitar as regras sanitárias impostas pela Covid-19.

Até agora, os cursos mais procurados foram o inglês, seguido de alemão e francês e também o italiano, devido ao Processo de Cidadania*.