Campeões nas canchas, mas, principalmente na vida. Os gêmeos da bocha paralímpica como são conhecidos, Lucas Felipe da Cruz e Bruno Rafael da Cruz, colecionam inúmeras conquistas esportivas. Mas, com a pandemia da Covid-19, as competições foram suspensas e as dificuldades aumentaram.
Gêmeos da bocha
Com 16 anos, são alunos do terceiro ano do ensino médio no Colégio Cid Gonzaga, em Porto União. Moram com a mãe, Rosana Dolinski, a irmã Crislaine Vanessa e a avó materna.
Lucas e Bruno nasceram prematuros com cinco meses e três semanas, desenvolvendo uma paralisia cerebral. Com o passar do tempo, precisam usar cadeiras de rodas para sua locomoção.
Para a mãe Rosana, receber a confirmação das deficiências dos filhos foi um baque, que com o passar do tempo foi se adaptado com a necessidade dos gêmeos.
“Quando soube fiquei bem perdida, não foi fácil por medo de como iria ajuda-los, mas o tempo ensina tudo, e hoje conseguimos tirar de letra”, disse.
Preconceito
A luta diária dos irmãos, contou momentos que uniram ainda mais a família. O preconceito foi flagrado pela mãe em algumas situações, o que em um primeiro momento a magoou, mas, serviu como motivação.
“Muitas vezes percebemos algumas situações na escola onde estudavam e no atendimento médico lembro que uma mãe se afastou, quando me viu com eles e puxei conversa com ela. Também tiveram professores que não estavam preparados para ensiná-los”, afirmou.
O esporte, um novo caminho
Uma palestra quando ainda estavam no ensino fundamental mudou a vida dos gêmeos. O responsável por essa mudança foi o professor Edson Slonski, o Edinho, idealizador do programa paralímpico no Vale do Iguaçu.
Em um primeiro momento a dúvida, seguida da certeza que a decisão foi correta. Com o passar do tempo, os Lucas e Bruno foram se destacando nos treinos e competições. Medalhas e reconhecimento nacional motivam os irmãos a seguir em frente.
Mas, veio a pandemia e tudo mudou. Os treinos foram interrompidos e a rotina da tarde dos irmãos acabou dando uma pausa. Lucas e Bruno, alternam o período da tarde com os treinos da bocha adaptada com as sessões de fisioterapia.
Vaquinha online
Agora, o desafio dos irmãos Lucas e Bruno é outro. A família está mobilizando uma campanha para arrecadar recursos e comprar duas cadeiras motorizadas, e melhorar a locomoção dos gêmeos.
Também, a família busca a aquisição de um guincho humano para encaminhá-los da cama para cadeira de rodas, para o banho e outras atividades que venham realizar.
Uma vakinha online foi criada para arrecadar os recursos necessários. As cadeiras de rodas motorizadas têm valor estimado em R$ 10 mil e o guincho humano aproximadamente R$ 3 mil.
COMO DOAR
- As doações de qualquer valor podem ser feitas no link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/cadeiras-de-rodas-motorizada-para-os-gemeos-lucas-e-bruno
- Na conta do Instagran @gemeosdabocha você pode conferir outros detalhes da história dos irmãos Lucas e Bruno e formas de ajudar na campanha.