A Comissão Disciplinar da Conmebol decidiu recusar o pedido do Atlético-MG de anulação da partida contra o Palmeiras, realizada na terça-feira passada, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, pela rodada de volta das semifinais da Copa Libertadores. A decisão foi publicada na noite de segunda-feira pela entidade.
O presidente da Comissão Disciplinar, Eduardo Gross Brown, julgou improcedentes os pedidos do Atlético-MG de anular o gol marcado pelo atacante Dudu e garantir o resultado de 1 a 0 para o time mineiro ou repetir a partida contra o Palmeiras.
Brown confirmou o resultado de 1 a 1, que garante o time paulista na final da Libertadores. No jogo de ida, em São Paulo, os clubes empataram por 0 a 0. Pelo gol marcado fora de casa, o Palmeiras avançou à decisão, que será disputada no dia 27 de novembro, no estádio Centenário, em Montevidéu, contra o Flamengo.
O Atlético-MG tem agora 24 horas para entrar com um recurso na Comissão de Apelação da Conmebol. O clube mineiro entende que foi prejudicado no lance do gol do Palmeiras, já que o atacante Deyverson, reserva da equipe paulista, estava em campo no momento em que a jogada se desenrolava. Ele não participou do lance nem atrapalhou os rivais em campo.
Na reclamação, o Atlético-MG citou a regra 3.9 do Laws of the Game 21/22 da International Board (IFAB, na sigla em inglês). “Se, após a marcação de um gol o árbitro perceber que um jogador substituto da equipe que o marcou se encontrava dentro do campo naquele momento, o árbitro deve invalidá-lo e reiniciar o jogo com um tiro livre direto, executado do local em que a pessoa extra estava”.
A arbitragem de vídeo (VAR) não analisou a irregularidade de Deyverson no lance do gol do Palmeiras. Na quarta-feira passada, a Conmebol divulgou os áudios dos árbitros nos lances em que analisam – e validam – os gols dos dois times. Os focos da análise do gol de Dudu são um possível impedimento e uma possível falta de Gabriel Veron na jogada, que não ocorreram.
Deyverson foi citado, mas não pela invasão ao campo. O assistente (não identificado pela Conmebol) sugere ao árbitro colombiano Wilmar Roldán que aplique um cartão amarelo ao atacante palmeirense por comemorar o gol em direção às arquibancadas do Mineirão em provocação.