Bolsas de NY fecham em alta, recuperando parte das perdas pela Ômicron

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Atualizado há 3 anos

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quinta-feira, 2, e conseguiram recuperar parte das perdas proporcionadas pelos temores com a ômicron, nova variante do coronavírus. Investidores também acompanharam diversos dirigentes do Federal Reserve (Fed), que adotaram tom hawkish e sugeriram antecipar fim do tapering.

No fechamento, o Dow Jones subiu 1,82%, a 34.639,79 pontos, o S&P 500 avançou 1,42%, a 4.577,10 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,83%, a 15.381,32 pontos.

As ações de aéreas, como American Airlines (+7,00%) e Delta Air Lines (+9,28%), saltaram, após perdas recentes. Bancos e petroleiras também tiveram desempenho positivo, com Goldman Sachs (+2,94%), JPMorgan (+2,10%), Exxon Mobil (+2,71%) e Chevron (+2,49%). “As pessoas ainda estão lidando com a incerteza sobre ômicron e quanta ameaça ela impõe”, diz o gerente de investimentos na Unigestion, Salman Baig. “Alguns devem estar vendo esse momento como uma oportunidade de compra”. Hoje, o presidente Joe Biden reforçou que lockdowns não estão inclusos no novo plano de combate à covid-19.

Enquanto os outros índices permaneceram no azul ao longo de toda sessão, o Nasdaq apresentou certa volatilidade, pressionado pela Apple. A companhia informou menor demanda pelo iPhone 13 e viu suas ações recuarem 0,61%. A Microsoft (-0,18%) e Amazon (-0,18%) acompanharam o movimento. Em meio às especulações sobre eficácia de vacinas contra ômicron, Moderna (-2,94%), Pfizer (-4,03%) e Johnson & Johnson (-0,63%), fabricantes do imunizante, ficaram no vermelho.

No Federal Reserve, o vice-presidente, Randal Quarles, o presidente da distrital de Atlanta, Raphael Bostic, a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, e a de São Francisco, Mary Daly, sugeriram estarem abertos, em algum grau, a acelerar o ritmo do tapering. Bostic ainda disse que, caso a inflação americana fique acima de 4% em 2022, é possível que a elevação da taxa básica de juros se dê antes do previsto e com mais de uma alta no próximo ano.

Em pesquisa da BMO Capital Markets, 79% de seus clientes respondentes esperam que o Fed acelere o tapering na reunião de decisão monetária do dia 15. O banco canadense destaca que as reuniões de dezembro e janeiro são as mais importantes no que se refere à linha do tempo da redução de compra de ativos.

Antes da abertura do mercado, o Departamento do Trabalho informou que o número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiu a 222 mil, menos do que o previsto por analistas.

*Com informações da Dow Jones Newswires.