O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Ciocchi, informou nesta quarta-feira, 15, que estudos indicam que até maio de 2022 haverá sobra de potência, ou oferta de energia, garantindo o abastecimento no Brasil, após um ano de grave crise hídrica.
“Os cenários melhoraram significativamente, porque a água chegou em outubro, dois meses antes do que chegou em 2020”, disse Ciocchi em coletiva virtual para fazer um balanço de 2021 e falar sobre as perspectivas de 2022.
Ciocchi porém não afasta risco de racionamento em 2022, “por que risco sempre existe”.
Ele afirmou, contudo, que os reservatórios estão melhores do que no ano passado e que o próprio ONS está mais preparado para enfrentar a crise.
O diretor-geral informou. ainda, que somente de energia eólica e solar serão adicionados mais 10 mil megawatts em 2022.
Ciocchi informou ainda que a termelétrica de Uruguaiana, situada em município de mesmo nome no interior do Rio Grande do Sul, com capacidade instalada de 640 megawatts (MW), está operando por meio de liminar, apesar da contrariedade do operador. “Entramos com agravo para deixar de despachar, o preço é muito elevado e não deveria ser despachada”, disse.
A Âmbar Energia, braço do grupo J&F, comprou a Central Térmica Uruguaiana (CTU), que pertencia ao grupo argentino San Atanasio Energia (Saesa) em junho deste ano, mas não conseguiu fazer a unidade operar no pico da crise hídrica, quando era necessária.
Agora, segundo Ciocchi, o ONS tem desligado as térmicas mais caras e vai operar em dezembro com um total de cerca de 15 mil megawatts de geração termelétrica, contra os 20 mil MW que vinham sendo despachados desse tipo de energia.