Por iniciativa do vereador João Darcy Ruggeri, aprovado pela Câmara Municipal, na gestão do prefeito Farid Guérios (1960/1964), foi construído um prédio especialmente para ser o Mercado Municipal, com o objetivo de incentivar os pequenos agricultores de União da Vitória.
Por circunstâncias que deixo de relatar, as razões porque o sucessor do prefeito Farid, Domício Scaramella (1965/1968), transformou o prédio do Mercado Municipal em Estação Rodoviária, especialmente para atender na época uma única empresa: a Expresso Estrela Azul. A BR-476 ainda não estava asfaltada e o trecho entre São Mateus do Sul/Lapa/Curitiba estava em fase de conclusão. Era a Rodovia do Xisto.
A inauguração da Rodoviária
A inauguração da transformação do prédio do Mercado Municipal em Estação Rodoviária, foi um dos mais marcantes da gestão de Domício Scaramella.
Na presença do prefeito, a fita simbólica foi desatada pelo coronel João Carlos Christoffel, comandante do 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado, com a presença de autoridades e convidados.
O adaptado Mercado Municipal em Estação Rodoviária atendeu às necessidades do Expresso Estrela Azul durante toda a gestão (1968/1973) do prefeito Tancredo Benghi e do prefeito Alcides Fernandes Luiz (1973/1977).
Uma nova Estação Rodoviária
Na gestão do prefeito Gilberto Francisco Brittes (1977/1983 – Brittes teve seu mandato prorrogado por dois anos) foi construída e inaugurada a Estação Rodoviária no Bairro São Bernardo, que serviu, durante anos, apesar de estar em área próxima ao Rio Iguaçu e com frequência era invadida pelas cheias do Iguaçu.
E a Rodoviária construída no Bairro São Bernardo, também na gestão Mário Riesemberg e Fernando Bohrer (1989/1993), continuou servindo, já não mais unicamente ao Expresso Estrela Azul, mas também a outras empresas, já que a BR-476 estava totalmente asfaltada e também a BR-153 (Transbrasiliana).
O prefeito Mário Riesemberg comandou o município por cerca de dois anos, mas renunciou e seu vice Fernando Bohrer concluiu o mandato de quatro anos. A dupla foi eleita no pleito de 1988.
Na segunda gestão de Alcides Fernandes Luiz um mandato de seis anos (1983/1989), com problemas, devido principalmente a localização e o movimento já com “ônibus gigantes”, começaram a preocupar a população e os gestores municipais.
O retorno da primeira Estação Rodoviária
Na gestão de Airton Bernardo Roveda (1993/1997), pressionado devido aos frequentes problemas causados pelas cheias, o antigo prédio, que estava ocupado por órgãos públicos municipais e outras entidades, com financiamento, sofreu processo de ampliação e melhorias e voltou a ser Estação Rodoviária.
Difícil de entender…
…Não serviu para Estação Rodoviária lá no Bairro São Bernardo, mas acabou sendo a sede da APAE de União da Vitória.
Durante toda a gestão do prefeito Pedro Ivo Ilkiv (1997/2000), o prédio que serviu como Estação Rodoviária, foi mantido, apesar de estar se tornando cada vez mais superado, devido ao grande número de empresas que começaram a utilizar as rodovias BR-476 e BR-153, totalmente pavimentadas, com paradas em União da Vitória.
Mas havia necessidade de uma nova
E foi nas gestões do prefeito Hussein Bakri (2001/2008) que foi construído, finalmente, um Terminal Urbano em área central e com toda a infraestrutura, próximo ao de Porto União: o Terminal Urbano Deputado Aníbal Khury.
Corpo de Bombeiros
Atualmente, de Mercado Municipal, Estação Rodoviária, de vários órgãos públicos municipais e associações, o prédio, é ocupado corretamente pela Unidade do Corpo de Bombeiros de União da Vitória e também pelo Sindicato dos Aposentados do Vale do Iguaçu.
“A mais cara do mundo”
O contabilista e ex-vereador Mário Emílio da Silva – e ele está absolutamente certo – quando me disse uma vez que “as rodoviárias (rodoviária) de União da Vitória tem uma história fantástica e deve, em utilização de recursos financeiros, ser, provavelmente a mais cara do Brasil”. Acho que ele está certo.