O Espaço Cultural Palacete dos Leões, em Curitiba, recebe nesta quinta-feira (23), o encontro do Fórum Origens Paraná. Empreendedores de pequenos negócios do campo que compõe o fórum vão participar de uma roda de conversa sobre a história da erva-mate e de uma oficina sobre design sensorial. No período da tarde, haverá comercialização de produtos com IG (Indicação Geográfica), no Caffé Per Tutti, também na Capital paranaense.
A consultora do Sebrae Paraná, Maria Isabel Guimarães, explica que o Fórum Origens Paraná é um espaço de encontro para pessoas, microempresários, e instituições sobre produtos com IG. E que o Palacete dos Leões, hoje mantido e coordenado pelo BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), foi escolhido por ter sido a residência da família de Maria Clara Abreu de Leão e Agostinho Ermelino de Leão Junior, empresários fundadores da empresa Matte Leão, de fundamental importância para o ciclo econômico da erva-mate no Paraná e no Brasil.
“Desta vez, vamos nos encontrar no berço da erva-mate do Estado do Paraná, que é o Palacete dos Leões. E dentro do fórum, nós temos a IG São Matheus, com a participação de produtores de erva-mate municípios no entorno de São Mateus do Sul: Rio Azul, Rebouças, São João do Triunfo, Mallet, Antônio Olinto”, completa Maria Isabel.
Eva Blaszczyk, proprietária da empresa Vivenda do Mate, que faz parte da IG São Matheus, comenta a relevância de fazer o encontro do palacete histórico de Curitiba. “Este local é muito representativo, pois faz com que a gente reviva muita coisa da história paranaense e relembre a importância do ciclo da erva-mate para a economia do Paraná, no início do século XX”, completou.
Para Eva, participar da IG São Matheus e do Fórum Origens Paraná é “abrir a mente” para novas oportunidades. “Além de fortalecer a nossa região, o nosso produto, e a nossa marca, nós conseguimos expandir o negócio trabalhando de forma local e pensando em nível internacional”, afirma.
Oficina
Neste segundo encontro presencial, os participantes do Fórum Origens Paraná poderão conhecer um pouco mais sobre Design Sensorial, e participar de uma oficina com exercícios práticos, realizados pela consultora de inovação, Katalin Stammer.
Segundo ela, os exercícios ajudam os produtores a quebrar uma visão tradicional que eles possuem com os próprios produtos e estimular outras sensações impactantes que aqueles produtos podem causar no público consumidor.
“São 26 sensores mapeados até o momento pela neurociência no corpo humano. Alguns são internos. A dor, por exemplo, é um destes sensores fisiológicos. Ela se desdobra da dor muitas vezes física em emocional, psicológica. Durante a pandemia da Covid-19, as pessoas tiveram dores diferentes, tanto no processo neurocientífico quanto no antropológico. Então, é preciso conhecer quais são estas dores para fazer o produto ser lembrado como prioridade, no meio de um período de instabilidade, por exemplo”, concluiu.