O governador Ratinho Junior acompanhou nesta sexta-feira (16) o presidente Jair Bolsonaro em visita a Prudentópolis, na região Centro-Sul do Paraná. A cidade de pouco mais de 52 mil habitantes é o principal ponto do País de acolhida de refugiados ucranianos da guerra com a Rússia. Atualmente, 57 fugitivos do conflito vivem na região.
Ratinho Junior conversou com ucranianos que passaram a viver no Estado, visitou a igreja São Josafat, referência para a imigração europeia no município, e se reuniu com lideranças religiosas da comunidade ucraniana na cidade.
O governador destacou no encontro que o Paraná é responsável por cerca de um terço do acolhimento brasileiro de migrantes ucranianos em decorrência da guerra – 32% dos acolhidos até julho no Brasil, entre visto humanitário e autorização de residência temporária, foram registrados no Estado.
“O Paraná é referência na acolhida humanitária de ucranianos que migraram ao Brasil para escapar da guerra iniciada pela invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro. Somos um estado acolhedor, que damos as mãos para quem mais precisa. O Paraná, e Prudentópolis particularmente, é a casa dos ucranianos fora da Ucrânia”, afirmou Ratinho Junior.
“Não vai faltar nada para eles enquanto viverem aqui no Paraná. Os ucranianos fazem parte da construção e da história do nosso Estado”, acrescentou.
VISTO TEMPORÁRIO
Entre as medidas implementadas pelo Estado em parceria com o governo federal para facilitar a estadia dos refugiados, destacou Ratinho Junior, está a possibilidade de concessão de visto temporário, prorrogada até o dia 3 de março de 2023. A antiga portaria valia somente até 31 de agosto.
De acordo com dados do Sistema de Registro Nacional Migratório (SISMIGRA), da Polícia Federal (PF), desde o início do conflito, em fevereiro, até julho foram registradas 308 Carteiras de Registro Nacional Migratório (CRNMs), sendo 99 no Paraná, para ucranianos afetados pela guerra.
A portaria interministerial permite a emissão de vistos humanitários, requisitados nas embaixadas brasileiras no exterior e prazo de 180 dias para entrada no país, e de autorizações de residência por acolhimento humanitário, pedidos em território brasileiro nos postos da PF, válidos por dois anos.
Grande parte dos ucranianos que vieram ao Paraná estão registrados no posto regional de Guarapuava, que atende a cidade de Prudentópolis, a maior comunidade ucraniana do Brasil. Os ucranianos também se registraram nos postos regionais de Maringá, Apucarana, Londrina e Curitiba.
APOIO
Além da regularização da permanência, o Governo do Paraná auxilia também no acolhimento dos migrantes ucranianos através do Centro Estadual de Informação para Migrantes, Refugiados e Apátridas do Estado do Paraná (CEIM). O órgão, vinculado à Secretaria de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), realizou 50 atendimentos a ucranianos desde o início do ano, entre orientações, o auxílio à regularização documental e acesso aos serviços públicos, encaminhamento à vagas de emprego, aulas de português e até a revalidação de diploma universitário.
A Sejuf também realizou a feira de serviços Paraná Cidadão na cidade de Prudentópolis entre os dias 29 de junho e 1° de julho. Durante o mutirão, 32 migrantes ucranianos receberam suas CRNMs e tiveram acesso a diversos serviços públicos estaduais e municipais. Atualmente, a região abriga 57 ucranianos acolhidos registrados.
“A determinação para todos os setores do Governo do Estado é de apoio incondicional a essas pessoas”, reforçou o governador.
SÃO JOSAFAT
A Igreja de São Josafat, de estilo Bizantino, é considerada entre as mais belas do país. Possui 38 metros de comprimento, 28 de largura e 30 de altura. Foi construída entre os anos de 1922 e 1932, toda em alvenaria. Além da pintura, o grande destaque é o “Ikonostás” – conjunto de imagens (ícones) da história da salvação.
Em 1979, a Igreja foi tombada pelo Estado como patrimônio artístico e cultural do Paraná.
Perto da Igreja, está o campanário, com seis sinos, uma estátua de Cristo-Rei e uma gruta, com a imagem de Nossa Senhora de Lourdes, incrustada na parede principal.