Deputado Arilson pede a suspensão do pedágio no Paraná ao governo de transição

Coordenador do grupo de trabalho apresentou a documentação produzida nas 20 audiências públicas promovidas pelos deputados em todo o estado e estudos técnicos.

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Atualizado há 2 anos

Um novo modelo de pedágio ao Paraná. Essa foi a pauta de duas reuniões articuladas pelo deputado Arilson Chiorato (PT), coordenador da Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná, nesta quinta-feira (17). Em Brasília, o parlamentar se reuniu no início da tarde com a equipe do governo Lula, liderada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e Gleisi Hoffmann (PT), com quem também discutiu o assunto. De manhã, a reunião foi na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

No Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o coordenador da Frente Parlamentar sobre o Pedágio e o professor Luiz Antônio Fayet, um dos coordenadores do estudo sobre o pedágio feito pelo Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foram recebidos por Maurício Muniz, que integra o Grupo de Infraestrutura do governo de transição, ex-secretário do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e ex-ministro da Secretaria Nacional dos Portos.

“Foi um encontro muito produtivo. Com certeza, o pedágio no Paraná será rediscutido e um novo modelo, mais justo, deverá ser debatido com toda a sociedade. Nossa proposta é de um pedágio de manutenção nas praças já instaladas e com serviço de qualidade nas rodovias”, avalia o deputado Arilson.

O parlamentar frisa que, além do pedido de suspensão da proposta de concessão, foi entregue o estudo técnico feito pelo ITTI, da UTFPR, em que pesquisadores comprovaram falhas graves no processo de concessão do pedágio, como duplicidade de obras, falta de projetos estruturais e tarifas mais caras que as atuais em pouco tempo, o que comprometeria a competitividade econômica.

“Também entregamos toda a documentação elaborada pela Frente Parlamentar sobre o pedágio colhida durante as 20 audiências realizadas por diferentes regiões paranaenses. Estou confiante que todas essas observações técnicas serão, enfim, avaliadas com o respeito que merecem”, acredita o deputado Arilson.

“Nenhum paranaense quer pagar de novo um pedágio com tarifa abusiva”, ponderou o primeiro secretário da Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD). “Nosso objetivo é propor uma revisão na modelagem da concessão, principalmente em relação à formação dos preços do pedágio. Na parte de engenharia, a ideia é fazer alguns ajustes em relação a obras que cortam os nossos municípios”, explicou, “Este debate tem que ser feito de forma republicana”, acrescentou.

Agenda

No período da manhã, na ANTT, a reunião foi com a coordenadora de Demandas Federativas, Camila Martinez, e Sérgio Carvalho. “Reforçamos, com base no relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) e nas 20 audiências públicas que a Frente Parlamentar do Pedágio realizou por todo o Paraná, a necessidade de suspender a licitação de concessão das rodovias no Paraná, pois não atende aos anseios da população paranaense, além de ser prejudicial ao nosso estado”, ressalta.

Na semana passada, a Frente Parlamentar sobre o Pedágio protocolou o pedido de suspensão de licitação para os lotes I e II, autorizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A atual proposta de pedágio prevê mais 15 praças, 35 anos de contrato e tarifas mais caras após o fim das obras.

Em Brasília, o parlamentar se reuniu com vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann | Foto: Aveline Gomes da Silva