Apenas um empresário catarinense é apontado, até o momento, em lista da Advocacia-Geral da União (AGU) como um dos financiadores do transporte dos envolvidos nos atos de terrorismo em Brasília no domingo, 08. Ele é natural de Porto União. A reportagem do g1 não conseguiu contato com o empresário. Seu nome consta em pedido da AGU para bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas.
A petição com a lista completa de pessoas físicas e jurídicas listadas é pública e pode ser encontrada no portal da Advocacia-Geral da União (AGU).
O grupo, argumenta a AGU, teve “papel decisivo no desenrolar fático” dos ataques às sedes dos Poderes da República e, por isso, “devem responder pelos danos causados ao patrimônio público federal e derivados”.
Bloqueio de bens
A AGU pediu que a Justiça Federal do Distrito Federal bloqueie R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas, entre elas Amir, e sete empresas que financiaram o transporte.
No domingo, golpistas depredaram as sedes dos três poderes da República – o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.
Segundo a AGU, a quantia bloqueada seria usada para ressarcir o poder público pelos danos causados aos prédios – quando houver condenação judicial nesse sentido.
Invasão
Bolsonaristas terroristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, Congresso e STF no domingo. Objetos foram destruídos, gabinetes de autoridades invadidos, documentos rasgados e armas foram roubadas. As imagens foram compartilhadas nas redes sociais.
O prejuízo ao patrimônio público está calculado em ao menos R$ 3 milhões apenas na Câmara dos Deputados, que junto com o Senado Federal compõe o Congresso Nacional.
A redação do Portal Vvale tentou contatar o empresário na tarde desta quinta-feira, ou seu representante legal. Porém, como não foi possível o contato, o nome do empresário não foi publicado nesta reportagem.
NOTA DA REDAÇÃO: na manhã do sábado, 14, a reportagem do Portal Vvale foi procurada pelo empresário. Ele declarou em nota o seguinte: “Bom dia. Primeiramente gostaria de esclarecer que não participei dos eventos que ocorreram no último domingo na capital do Brasil. Posso afirmar que não financiei ou patrocinei nenhum transporte com destino ao Distrito Federal. Por um equívoco o meu nome foi relacionado como um dos patrocinadores dos transportes. Porém iremos demonstrar na respeitável ação judicial que, como mencionado, tudo se tratou de um equívoco. Assim afirmo que nem eu, nem minha família, patrocinamos ou pagamos pelo transporte de pessoas, ou de alguma forma participamos dos planejamentos dos lamentáveis fatos ocorridos na capital do Brasil. Reafirmamos o nosso compromisso com a democracia e com o nosso país.”