O São Paulo Futebol Clube, time que escolhi torcer nas ausências do nosso Iguaçuzação, é também conhecido como o “time da fé”. Assim como o Vasco é o “time da virada” e o Avaí Futebol Clube o “time da raça”.
Analisar tais bordões de outras equipes se mostra providencial nesta semana decisiva em que, novamente, nos debruçamos na tabela e na classificação do Campeonato Paranaense da Segunda Divisão para fazermos projeções matemáticas e “ver se ainda dá”. Sim, ainda dá para chegar ao quadrangular, essa é a boa notícia.
Mas, para isso, é preciso que os recorrentes lances de falhas individuais parem de superar o crescimento coletivo do time comandado por Ageu Gonçalves. É preciso fazer gols, mas não levar. Parece óbvio. E é.
Também é inegável: o Iguaçu apresentou um melhor futebol dentro de seu próprio futebol diante do Andraus. Ou seja, todas as equipes evoluem com o passar da competição, é natural. Mas o Iguaçu andou um pouco mais para jogar sua melhor partida na competição com uma evolução tática notável. A notícia triste é que isso não foi suficiente para segurar sequer um empate.
Falhas individuais pesaram mais do que a larga entrega do coletivo durante os 88min regulamentares. Estou descontando um minuto para cada gol do Andraus que decretou a amarga derrota “na primeira grande final”: 2 a 1, de virada. São esses “minutos de bobeira” que têm nos custado caro demais.
Eu já disse aqui que sou arredio ao sistema de turno único. Fossem dois turnos, além de mais tempo para ajeitar a casa do Iguaçu e isonomia desportiva, teríamos mais jogos para torcer. Mas, eu preciso confessar que, de certo modo, diante do que aí está com os moldes e classificação atuais dessa competição, ela nos traz decisões em cima de decisões.
E se queríamos emoção, eis. Afinal, é o que que cantamos no Hino:
“Vai começar a emoção”. Se vai. Como dito, a primeira final perdemos. A diferença é que o “jogo da volta” não será contra a mesma equipe. Desta vez, a segunda decisão será contra o vice-líder PSTC, neste sábado, às 15h30, no Estádio Álvaro Alves, em Alvorada do Sul, com transmissão da TV Paraná Turismo.
Nisto, de novo, vamos a ele: o eterno “SE”. Se ganhar esse difícil jogo, o Iguaçu teria uma “terceira decisão” na melhor de três partidas para viabilizar, dependendo de suas próprias forças, a possibilidade do quadrangular final. Esta partida será em casa diante do reforçado Paraná Clube, no domingo, 11 de junho, às 11h segundo a programação da FPF.
Como eu disse em minha crônica anterior, tudo pode acontecer nesta competição. Até mesmo um horário atípico em que jamais experimentamos ir ao estádio Antiocho Pereira para um jogo da Pantera do Vale.
Por isso, eu espero, torço e trabalho pelo Iguaçu para que ocorra o melhor ao seu time, diretoria e torcida ao final da Divisão de Acesso 2023. Sério. Creio nisso. Até por isso digo aqui que nesse momento o Iguaçu “é o time da torcida”, literalmente. Espero também, se for o caso, que possamos definir um merecido bordão para a Pantera do Vale diante da conclusão de sua trajetória na acirrada competição. Quem sabe até pegar inspiração no SPFC, Vasco e Avaí, pois só nos resta seguir com fé e buscar a virada para honrar nossa raça.
Então, seremos “o time da”…!? O futuro em breve nos dirá. Vamos, Iguaçu!