Saúde intensifica medidas de prevenção contra doenças respiratórias no inverno

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Atualizado há 1 ano

A estação mais fria do ano começa nesta quarta-feira, 21. E com baixas temperaturas é comum que ocorra aumento no registro de doenças respiratórias. No inverno, as pessoas tendem a ficar em locais fechados, sem ventilação, para ficarem aquecidas, o que favorece a circulação de vírus e bactérias.

“É muito importante lembrarmos da necessidade de intensificar as medidas de prevenção nesse período para que a gente reduza o número de casos. As pessoas mais vulneráveis precisam estar mais atentas porque há um risco maior de agravamento neste grupo. As medidas de prevenção são aquelas que a gente sempre relembra nesse período e que são simples, mas muito importantes”, destaca o superintendente de vigilância em saúde Fábio Gaudenzi.

Para reduzir a transmissão de doenças como a gripe, a Covid-19 e até mesmo outras mais graves como a pneumonia e a meningite, é importante adotar algumas medidas de prevenção como a higienização frequente das mãos; a utilização de lenço descartável ou do antebraço ao tossir ou espirrar; o uso de máscara em caso de sintomas respiratórios; a necessidade de manter ambientes sempre ventilados; o não compartilhamento de objetos pessoais; a importância de evitar contato próximo com outras pessoas em caso de sintomas; evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, bem como adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Além dessas medidas, outra importante aliada na prevenção das doenças respiratórias é a vacinação. Na rede pública de saúde estão disponíveis gratuitamente vacinas contra a gripe e a Covid-19. Ambas podem ser aplicadas em toda a população a partir dos seis meses de idade, segundo esquema vacinal recomendado para cada faixa etária. Nas unidades de saúde também são oferecidas outras vacinas para mais de 20 doenças.

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Gripe em Santa Catarina

Segundo boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) na terça, 20, no ano de 2023 foram confirmados no estado 468 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza, ou seja, casos graves de gripe, que necessitaram de hospitalização.

Deste total, 31 pessoas morreram por causa da doença, sendo que a maior parte (87%) apresentava pelo menos uma comorbidade e/ou fator de risco. Entre os óbitos, mais da metade (54%) foram de idosos com 60 anos ou mais.

Por esse motivo, a gerente de imunização da DIVE/SC, Arieli Schiessl Fialho, destaca que pessoas mais vulneráveis à doença como crianças, idosos, gestantes, pessoas com comorbidades devem procurar uma unidade de saúde e tomar a dose da vacina.

Dados do Painel de Vacinação do Ministério da Saúde (MS) apontam, mais de dois meses após o início da Campanha de Vacinação contra a gripe, uma cobertura vacinal de apenas 47% da população dos grupos prioritários. A meta de vacinação é de 90%.

A Campanha de Vacinação contra a gripe termina no dia 30 de junho, mas as doses da vacina vão continuar disponíveis nos postos municipais de saúde até o fim dos estoques de cada cidade. A Campanha teve início no dia 10 de abril apenas para a população dos grupos prioritários, mas desde o dia 12 de maio, tendo em vista o aumento do número de hospitalizações por gripe no estado, ela está liberada para toda a população a partir dos seis meses de idade.

Vacinação contra a Covid-19

A procura pela vacina contra a Covid-19 também está abaixo do esperado. Cerca de 5 milhões de pessoas já estão aptas a tomar a dose de reforço com a vacina bivalente, mas pouco menos de 570 mil pessoas se vacinaram, de acordo com o Vacinômetro COVID-19.

A vacina está disponível para toda a população com 18 anos ou mais que já tenham tomado duas doses da vacina monovalente, desde que a última dose tenha sido aplicada há mais de quatro meses. Para a população dos grupos prioritários (imunocomprometidos, pessoas com comorbidades, indígenas, gestantes e puérperas, deficientes) a dose está liberada a partir dos 12 anos.

A vacinação é uma das medidas mais eficazes para prevenir casos graves, hospitalizações e mortes, tanto por gripe, quanto pela Covid-19 e outras doenças imunopreveníveis. As vacinas contra a gripe e a Covid-19 podem ser aplicadas simultaneamente.