Miguel Arcanjo Fiel Braga, o principal suspeito de ter assassinado a jovem Leila Ribeiro Domingues Maciel na madrugada desta segunda-feira, 27, já recebeu alta do hospital onde estava internado, em União da Vitória.
O rapaz de 25 anos foi transferido para o Presídio Regional de Canoinhas, onde está preso temporariamente. A prisão temporária pode durar até 30 dias em casos de crimes hediondos, podendo ser renovado este prazo conforme avaliação do juiz.
De acordo com informações oficiais fornecidas pelo delegado que comanda a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Canoinhas, Darci Nadal Junior, como houve “subtração de patrimônio”, sendo o carro de Leila utilizado pelo suspeito durante fuga até União da Vitória, o crime passou a ser considerado um latrocínio – roubo seguido de morte.
É dessa forma que o delegado pretende denunciar Braga para o Ministério Público (MP).
As informações do delegado Nadal Junior apontam ainda que o suspeito roubou o carro de Leila, um Palio e, durante a fuga para acabou perdendo o controle da direção do veículo e sofreu um acidente em São Mateus do Sul, sendo hospitalizado logo na sequência em União da Vitória.
ENTENDA O CASO
Policiais civis, Polícia Científica, Instituto Médico Legal e Serviço Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas na manhã desta segunda-feira, 27, no bairro Industrial número 1, em Canoinhas, onde foi encontrado o corpo de Leila Ribeiro Domingues Maciel, de 23 anos. O corpo foi encontrado com sinais de sufocamento.
Segundo a mãe de Leila, a filha morava no segundo pavimento de um prédio no qual funcionava um mercado no primeiro piso, de propriedade de Leila, a casa estava bastante bagunçada, o que demonstra a possibilidade de luta corporal.
O suspeito do assassinato teria deixado o Presídio Regional de Canoinhas justamente há cerca de um mês, depois de cumprir pena por crime ainda não esclarecido.
O breve relacionamento dos dois foi bastante conturbado e neste domingo, 26, depois de mais uma briga, ela acabou aceitando que ele dormisse na casa, mas em um colchão separado da sua cama.
Como o rapaz desapareceu durante a madrugada, a Polícia suspeita que ele tenha matado ela com um golpe semelhante ao mata-leão, o que justificaria o corpo não apresentar sinais de violência. Essa tese é uma das linhas de investigação da Polícia Científica.
A MÃE DE LEILA
A mãe de Leila Ribeiro Domingues Maciel tentou se matar engolindo vários medicamentos após ter visto o corpo inerte da filha. Foi ela quem encontrou Leila morta.
Durante o atendimento da ocorrência, a Polícia foi chamada para subir até a casa da mãe da vítima, porque ela estava tentando se matar ingerindo alta quantidade de comprimidos.
Rapidamente, bombeiros e policiais correram até o local e arrombaram a porta do quarto que estava trancada. Dentro do quarto a mulher estava com vários comprimidos em sua mão.
Os bombeiros não souberam informar se a mulher já havia ingerido algum medicamento, ou se os medicamentos que estavam em suas mãos seriam os primeiros a serem ingeridos. Então a equipe acionou o Serviço Móvel de Urgência (Samu) que compareceu no local, porém a mulher recusou atendimento.