Por Mariana Honesko
Pacientes que tem acessado ao Sistema Único de Saúde (SUS) desde janeiro de 2012, podem ajudar na construção de um novo modelo de gestão. Para isso, basta responder a carta que o Ministério da Saúde envia para quem usou o sistema durante tratamento e internação nas casas hospitalares conveniadas. Nas Cidades Irmãs, a correspondência também já chegou e tem agradado os pacientes. A devolução nos Correios é gratuita e pode acontecer em qualquer momento. Desde que foi criada, mais de quatro milhões de correspondências foram enviadas, o que resultou em 330 denúncias de usuários. Cinco investigações também nasceram da participação popular. Uma delas, por exemplo, segundo o site do Ministério da Saúde, ocorreu no Rio de Janeiro, onde uma clínica estaria cobrando em duplicidade pelo tratamento.
De maneira mais simples, a carta pede a avaliação dos pacientes sobre as instalações físicas das unidades hospitalares, da equipe médica, de enfermagem e se o paciente foi bem tratado. Além do questionário para a avaliação, a carta traz dados como a data da entrada no hospital, o dia da alta e o motivo do internamento. “A importância do recebimento e da devolução é para ajudar o Ministério da Saúde e até nós, como município, a melhorar o atendimento. Isso contribuiu sempre para a melhora do nosso serviço”, avalia a secretária executiva do Consórcio Intermunicipal do Vale do Iguaçu (Cisvali), Silvia Andrade.
Opinião similar tem o secretário da Saúde de Porto União. Para Jair Giraldi, o SUS é um processo de melhoria continua, especialmente nas casas hospitalares. “É muito importante que o usuário do sistema, sempre que solicitado, emita sua opinião e até sua reclamação. A carta é uma ferramenta, que permite a participação e as melhorias no sistema”, ressalta.
Como responder à carta
Além de poder responder a carta pelos Correios, o usuário pode fazer a avaliação sem custos por meio do Disque Saúde (136). A ligação pode ser feita de telefones fixos, públicos ou celulares, de qualquer lugar do País. A avaliação também está disponível no site do Ministério da Saúde.