Governo disponibilizará vacina BCG em maternidades, APMI está na lista

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Atualizado há 10 meses

A Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB/PR) debateu nesta quinta-feira (8), em Curitiba, ações que possam reforçar a Atenção Materno-Infantil em todo o Estado. A reunião foi marcada pela pactuação do governo estadual e municípios para a implementação da vacina BCG, imunizante que protege contra formas graves de tuberculose, nas 24 maternidades de alto risco do Paraná, além da maternidade Mater Dei, em Curitiba, que atendem gestações de alto risco.

A disponibilização do imunizante se dará de maneira gradativa, com a inclusão do plano de vacinação para cinco maternidades por mês, ao longo dos próximos seis meses.

“Estamos dando mais um passo no fortalecimento de uma rede de assistência referencial às gestantes do Paraná. Este novo pacto é uma ação acertada para garantir mais imunidade e expandir a cobertura vacinal em nosso Estado. É sempre vital lembrar o quão importante é o ato de vacinação e como devemos insistir na ciência”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, que coordenou o encontro em Curitiba.

Segundo o Ministério da Saúde, no último ano a cobertura vacinal no Paraná para a BCG foi de 85,8%, superando a média nacional de 67,1%. A tuberculose é uma doença de transmissão aérea, que afeta prioritariamente os pulmões, podendo também acometer outros órgãos e sistemas.

A Associação de Proteção a Maternidade e a Infância de União da Vitória, APMI, vai ser contemplada com as vacinas.

DIRETRIZES – O encontro também reforçou as diretrizes do novo pacto pela redução da mortalidade materna e infantil no Paraná, aprovado no fim do último ano, e que prevê mais assistência à gestação, ao parto e ao puerpério das mulheres paranaenses e ao nascimento e desenvolvimento dos bebês até dois anos de idade.

Os pontos debatidos foram desde medidas preventivas, como a ampliação das coberturas vacinais, até a reestruturação de unidades hospitalares, que deverão equipar salas de parto com materiais para atendimento e reanimação de recém-nascidos.

“Este alinhamento de esforços é imprescindível para melhorar a qualidade assistencial que está à disposição de mães e crianças no Paraná, com ações humanizadas e mais recursos para garantir o melhor acompanhamento desde os primeiros dias de vida”, ressaltou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

DENGUE – O monitoramento dos casos de dengue foi um dos assuntos discutidos e apresentados para análise dos gestores. De acordo com o último boletim epidemiológico, o Paraná soma 29.075 casos confirmados, com oito óbitos pela doença.

Desde o início do atual período epidemiológico, em julho de 2023, o Estado tem intensificado ações de combate à doença por meio de aumento no repasse de recursos à vigilância sanitária, capacitações para o manejo clínico de pacientes, envio de veículos para a aplicação do fumacê e intensificação de campanhas de conscientização.

“Este é um momento de união. A luta contra a dengue não pode ser solitária, mas sim solidária. Estamos falando abertamente com as secretarias da Saúde dos 399 municípios do Paraná para que possamos conter o avanço da doença no Estado. Estamos registrando números graves e a conscientização popular e o debate amplo são fundamentais para que possamos virar este cenário”, afirmou Beto Preto.