Terminal Urbano à beira do caos

Paredes quebradas, falta de acessibilidade e sujeira prejudicam visual e funcionamento do espaço no centro de União da Vitória

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Atualizado há 11 anos

Por Mariana Honesko

Problemas na praça  - 001
Paredes foram destruídas e deixam desprotegidos quem espera o ônibus

Quem depende das linhas de ônibus e aguarda a chegada da próxima “lotação” no Terminal Urbano de União da Vitória amarga insatisfação. As condições de estrutura do espaço não agradam. Conforme os comerciantes da Praça Visconde de Nácar, onde está o Terminal, há cerca de um ano a situação é idêntica. Parte das paredes está comprometida. A ação, provavelmente feita por vândalos, garantiu a queda dos tijolos e, em consequência, da proteção contra a instabilidade do tempo de quem espera pelo transporte. “Está horrível”, resumiu Maria Marlene, durante a espera do ônibus. Sua colega de banco, a professora Lurdes Gruss, reforça a crítica. “É falta de educação”, dispara. O aposentado João Pedroso lamentou a depredação. “É absurdo. Tem gente que só sabe destruir. Enquanto uns constroem, outros destroem”, diz.

As poucas paredes em pé e intactas também são alvos do vandalismo. Pichações e ameaças de mais destruição não são raras. Mas, de acordo com quem frequenta a praça, os problemas vão muito além dos danos na estrutura do Terminal e do impacto ruim que eles causam. Ao lado de um dos cartões-postais de União da Vitória, a praça oculta situações de ameaça à segurança.

Problemas na praça 03
Banheiros amanhecem sujos e há relato de “programas” nos finais de semana

Um dos cenários mais críticos está atrás de uma das lanchonetes. Os dois banheiros públicos – masculino e feminino – amanhecem sujos e nos finais de semana, de acordo com denúncias, são usados até para alguns “programas”. Preservativos usados, especialmente na segunda-feira de manhã são comuns por lá. “A gente desce do ônibus e às vezes só tem este banheiro para usar. É terrível”, comenta a agricultura Leopoldina Tomczyk, moradora da localidade da Barra do Palmital. Os sanitários também sofrem com vandalismo. Não raro, os vidros e fechaduras precisam ser substituídos.

Na praça, os problemas multiplicam-se. Há danos no pavimento, o que bloqueia o trânsito de pedestres e de pessoas com dificuldades na locomoção, a iluminação é baixa e o escoamento de água acaba inundando alguns estabelecimentos. A lanchonete Pôr do Sol, que está há 14 anos na praça, foi assaltada há um ano. Desde então, os proprietários ouviram promessas de investimentos em segurança. “Mas até agora não foi feito nada”, disseram as proprietárias do local.

Problemas na praça - bonequinho
João Pedroso

Hoje, 8, o secretário de Obras de União da Vitória não foi encontrado para falar sobre o assunto. Mas, Marco Antônio Coradin, em recente entrevista à redação de O Comércio, garantiu que a prefeitura está interessada na recuperação de alguns espaços públicos. As praças estão na lista de uma equipe que deve ser contratada para cuidar destes ambientes. Na ocasião, Coradin falava sobre a Praça dos Expedicionários, no Bairro São Bernardo. Além dela, outros locais devem entrar no pacote de reformas. De maneira oficial, porém, a prefeitura só deve se manifestar a partir do dia 13, quando as atividades voltarem ao normal.