Homem foi condenado a 21 anos por feminicídio

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Atualizado há 4 meses

O assassinato da farmacêutica Daiane Vogt, de 43 anos, em Canoinhas, em setembro de 2023, acabou na condenação do seu companheiro Bruno César Barbosa. O réu foi sentenciado a 21 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado pelo crime de feminicídio, com recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele segue preso desde o crime.

Todos os pedidos do Ministério Público foram acatados. Barbosa ainda recebeu condenação de mais seis meses por ter alterado a cena do crime. No entanto, a pena foi reduzida devido à confissão do reú, que admitiu que matou Daiane. Durante o julgamento, ele não chegou a relatar como foi a dinâmica do crime, mas fez a confissão parcial, que reduziu a pena.

O júri popular iniciou às 9h desta quinta-feira, 18, no Fórum de Canoinhas, e teve seu veredicto por volta das 20h.

Daiane e seu assassino

Daiane foi assassinada a facadas na madrugada do dia 4 de setembro de 2023, em uma casa na rua Paulo Wiese, próximo ao Supermercado Via Atacadista, no distrito do Campo d’Água Verde, onde ela morava há pelo menos um ano com o namorado.

Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar atenderam a ocorrência e descartaram a hipótese de que teria ocorrido um suicídio, informação apontada por Bruno, principal suspeito do assassinato, diante dos diversos ferimentos em partes do corpo que a vítima não poderia ter causado nela mesma.

Na noite anterior, às 23 horas, ele chegou a acionar o Corpo de Bombeiros, mas cancelou o atendimento. Ainda na segunda-feira, Bruno foi preso pela Polícia Civil.

Segundo a Polícia, o companheiro de Daiane alterou a cena do crime. A conclusão é dos dois delegados que ficaram à frente da investigação. Os doutores Rui Orestes Kuchnir, responsável pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) à época, e Darci Nadal Jr, da Divisão de Investigação Criminal (DIC), contaram que a faca, encontrada na mão da vítima, teria sido colocada por alguém.

O corpo de Daiane apresentava rigidez cadavérica, que indicava que ela estaria morta há, no mínimo, seis horas.

Imagens de câmeras de videomonitoramento, principalmente uma que capta áudio, foram cruciais para desacreditar a versão do acusado, de que Daiane teria se suicidado.