Júri condena autor do ataque à creche em Blumenau a 220 anos de prisão

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Atualizado há 3 meses

O julgamento do acusado pelo ataque à creche em Blumenau ocorreu nesta quinta-feira (29). Realizado no fórum da cidade, o Tribunal do Júri começou às 8h e terminou por volta das 19h.

Após um ano e quatro meses desde o trágico evento que abalou o município, o homem responsável por matar quatro crianças e ferir outras cinco foi condenado.

MPSC

O réu foi condenado por quatro homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio qualificado, todos com agravantes como motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa das vítimas e a condição das mesmas serem menores de 14 anos.

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O Conselho de Sentença reconheceu as circunstâncias agravantes, e o homem foi sentenciado a 220 anos de prisão em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade.

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O crime

Relembrando o dia do ataque, em 5 de abril de 2023, um jovem de 25 anos invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, no bairro Velha, em Blumenau, e atacou crianças de 4 a 7 anos com uma machadinha, resultando na morte de quatro delas e ferindo outras cinco. O crime chocou o mundo e levou a mudanças nos protocolos de segurança das escolas em Santa Catarina.

A investigação da Polícia Civil revelou que, após sair de casa por volta das 8h, o agressor inicialmente planejava atacar duas outras escolas, mas desistiu por não conseguir pular os muros. Ele então foi a uma academia de musculação antes de seguir para a creche.

Câmeras de segurança mostraram que o homem estacionou sua moto em frente à creche, alongou-se, pegou a machadinha e pulou o muro, onde cometeu o crime em apenas 20 segundos. Após o ataque, nervoso, quebrou o pedal de partida da moto, mas conseguiu fugir, comprando água e cigarro em um posto de combustíveis antes de se entregar à polícia, confessando o crime.

Um mês após o ataque, o acusado foi transferido do sistema prisional de Blumenau para a Unidade de Segurança Máxima de São Cristóvão do Sul. Em outubro de 2023, 16 testemunhas foram ouvidas, e o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) solicitou que o réu fosse levado ao Tribunal do Júri, o que foi posteriormente acatado.