O conhecimento acumulado de mais de 15 anos da Itaipu Binacional na área de energias renováveis foi um dos destaques da quarta e última edição dos Diálogos G20 – Transição Energética, ciclo de seminários regionais promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), com o apoio da Binacional e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O evento ocorreu nessa terça-feira (8), em Brasília (DF), e reuniu representantes do MME, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e de associações do setor. O objetivo foi avaliar a participação do setor de transportes nas emissões dos gases do efeito estufa e as pesquisas para a produção de combustíveis sustentáveis.
As discussões ocorreram na sequência da cerimônia de sanção do projeto de lei Combustível do Futuro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerado o mais inovador programa de descarbonização da matriz de transportes e mobilidade do planeta.
Um dos painelistas presentes nos Diálogos G20, o superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Rogério Meneghetti, explicou que Itaipu promove pesquisas no setor desde 2008, inicialmente com o biogás, e foi a primeira empresa do País a ter uma frota com veículos abastecido com biometano, nos anos de 2013 e 2014. A resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP) que equipara o biometano com o gás natural, de 2015, foi elaborada com base nos projetos da Itaipu.
O superintendente detalhou outras iniciativas da empresa no setor, como a primeira planta-piloto do Brasil para a produção de petróleo sintético a partir de biogás, com foco na produção de combustível sustentável para aviação (SAF), inaugurada neste do ano. A unidade chamou a atenção das delegações estrangeiras que estiveram em Foz do Iguaçu (PR), no início do mês, para a reunião ministerial do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20 e dos encontros da Clean Energy Ministerial (CMI) e da Mission Innovation (MI).
Um dos encontros paralelos à reunião do G20 foi justamente para tratar sobre o SAF, em evento organizado pela Itaipu em parceria com o Fórum Econômico Mundial. De acordo com Meneghetti, as pesquisas em energias renováveis e a participação de Itaipu em eventos internacionais posicionam a empresa como referência no atual contexto da transição energética.
“O sistema elétrico brasileiro é muito renovável, com ampla participação das hidrelétricas. E a Itaipu entendeu, há muito tempo, que esse setor elétrico pode contribuir para a descarbonização de outros setores. Nós (da Itaipu), como empresa que mais produziu energia elétrica no mundo, temos todas as condições de liderar essa transformação”, concluiu.