Walter Alexandre Gonçalves, suspeito de assassinar sua mãe, Susimara Gonçalves Souza, e seu padrasto, Pedro Ramiro Souza, foi preso preventivamente na última segunda-feira, 2, em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina.
O crime, ocorrido no dia 23 de novembro, chocou a comunidade local, especialmente devido à relação aparentemente harmoniosa que o suspeito mantinha com as vítimas, a quem se referia com carinho, chamando o padrasto de “pai”.
Após o duplo homicídio, Walter usou as redes sociais para lamentar a perda.
“Irei amar vocês pra todo sempre, meus amores”, escreveu em uma postagem, acompanhada de uma foto em que aparece sorridente ao lado das vítimas e de sua esposa.
Contudo, as investigações da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Itajaí apontam para uma possível motivação do crime: o acesso à herança do casal.
Divergências na Família
O delegado responsável pelo caso, Roney Gonçalves Alves, explicou que, apesar das aparências, Pedro Ramiro Souza desconfiava do enteado, especialmente devido à falta de experiência de Walter na administração da empresa familiar.
Walter havia se afastado do negócio por conta de discordâncias profissionais, optando por trabalhar no transporte de passageiros com moto.
O suspeito é o principal alvo da operação “Saisine”, nomeada em alusão à transmissão de bens a herdeiros, já que a herança seria a possível motivação do crime.
Além de Walter, a polícia está à procura de um segundo envolvido, ainda não identificado, que teria auxiliado no assassinato e foi visto entrando na residência das vítimas no dia do crime.
Família em Choque
A prisão do suspeito abalou profundamente os familiares que residem em União da Vitória. Walter, que não possui antecedentes criminais, é sobrinho e afilhado de um dos irmãos de Susimara. Em uma declaração emocionada, o tio do suspeito desabafou:
“Estamos muito abalados com tudo isso. O Walter é meu afilhado e sobrinho, nunca imaginaria uma coisa dessas partindo dele. Esse guri foi muito amado desde a infância.”
Susy e Ramiro estavam juntos há quase 20 anos, tinham uma vida tranquila e estável. Uma ou duas vezes por ano visitavam a família em União da Vitória.
A polícia continua as investigações e busca esclarecer o papel do segundo suspeito no caso. Enquanto isso, a comunidade de Itajaí segue consternada com o desenrolar dos fatos, esperando justiça para Susimara e Pedro.
O caso permanece sob sigilo para preservar a continuidade das apurações.
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