Versão em papel da Lista telefônica pode ser solicitada

Segundo a Anatel, pedido encerra gratuidade do 102

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Atualizado há 11 anos

Por Mariana Honesko

Lista em papel já não é tão popular, mas pedidos seguem válidos
Lista em papel já não é tão popular, mas pedidos seguem válidos

Elas já foram bem maiores e revelavam o nome de qualquer morador. Profissionais, inclusive, tinham seu endereço e números telefônicos disponíveis nas páginas. As listas telefônicas, tão comuns no auge na década de 80 e 90, já não são mais as mesmas. Na verdade, elas caminham para a extinção. Hoje, as informações limitam-se aos sites das prestadoras de telefonia fixa ou em pequenas listas produzida nos municípios. Estas versões substituem as populares páginas amarelas e informam, apenas, endereços e contatos de empresas ou estabelecimentos comerciais.

O desaparecimento da versão em papel é fruto de uma série de motivos. Além da economia – a sustentabilidade está em alta – a privacidade, exigida pela maioria dos clientes da telefonia, inviabiliza a publicação. “Os clientes têm pedido sigilo na revelação do seu número de telefone. Em média, 90% pede isso”, comenta o supervisor do escritório em União da Vitória da ARM Telecomunicações, Rafael Keller.

Na região das Cidades Irmãs, a Editel é responsável pela publicação das listas. Mesmo tendo pouca adesão e chegando com poucas folhas, o fornecimento da versão impressa é uma obrigação da prestadora de telefonia. A informação é da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que obrigada a distribuição gratuita.

No entanto, o pedido não é exatamente franco. “Se a operadora ofertar gratuitamente o serviço de informação de código de acesso de assinante (102), a Anatel considera essa obrigação cumprida”, diz a nota enviada pela agência. O texto pontua e diz que caso o assinante tenha interesse na lista em papel, “a operadora está obrigada a enviar a lista a esses assinantes”. De novo, a nota lembra a cobrança. “Observe que o serviço de informação de código de acesso (102) pode ser cobrado”, pontua a redação.

A gratuidade do “102” – o auxilio à lista – fica restrita à duas situações.  De acordo com a Anatel, apenas “caso o número de telefone do assinante de telefonia fixa não figure na lista telefônica” ou “caso a solicitação de informação for originada de um orelhão”.

Pedido de lista

Outras informações sobre a distribuição das listas podem ser obtidas na Editel, no grupo de atendimento em Curitiba. O telefone de lá é o (41) 3247 7055.