Aferir a pressão arterial pelo menos uma vez ao ano é a única forma de saber se uma pessoa é hipertensa, já que a doença não apresenta sinais ou sintomas específicos. O alerta é da Sociedade Brasileira de Hipertensão, que estima que cerca de 30% da população brasileira adulta seja hipertensa.
No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, lembrado hoje (26), a campanha “Menos Pressão” ganha o lema “Conheça a sua Pressão”. A diretora científica da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), Frida Blavnik, lembrou que nem todas as pessoas hipertensas conhecem sua condição.
“Se você não sabe, pelo menos uma vez ao ano, a pressão deve ser aferida. Se algo for detectado, a orientação é procurar o médico para confirmar o diagnóstico. Afinal, não é uma única medida que dá o diagnóstico de hipertensão, mas isso representa um forte indicativo”, explicou.
Frida destacou possíveis complicações decorrentes da hipertensão quando a doença não é tratada. Os principais problemas incluem o acidente vascular cerebral ou derrame e o infarto do miocárdio, eventos que, segundo ela, podem deixar sequelas importantes ou mesmo levar causar a morte de pessoas em idade produtiva.
Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que a hipertensão é responsável por mais de 7 milhões de óbitos em todo mundo. No Brasil, a estimativa do Ministério da Saúde é que 300 mil pessoas morram por ano.“
A prevalência aumenta com a idade. As estimativas indicam que 70% das pessoas acima de 70 anos têm risco de ter hipertensão”, destacou Frida. “É importante ver também a prevalência entre crianças e adolescentes. Há 20 anos, a gente falava em 1% a 3%. Hoje, a prevalência é 1% a 13%”, alertou.
Os vilões, na maior parte dos casos, são hábitos de vida não saudáveis como o sedentarismo e a alimentação pobre em nutrientes e rica em sódio e calorias. As dicas da Sociedade Brasileira de Hipertensão para manter a doença longe são: se manter dentro do peso, adotar uma alimentação saudável (com no máximo 5 gramas de sal de cozinha) e 30 minutos diários de atividade física. “Isso serve para qualquer faixa etária”, concluiu Frida.
Agência Brasil