Os prefeitos de União da Vitória, Pedro Ivo Ilkiv, e de Porto União, Anízio de Souza, percorreram ministérios, Defesa Civil e Gabinete Militar em busca da ratificação dos compromissos assumidos pela presidente Dilma Roussef quando da sua visita a União da Vitória no último dia 17. A comitiva de União da Vitória tem além do prefeito, o empresário Dago Woehl, da Sec/Corpreri, dos vereadores Gilmar Jarentchuk e Ziliotto Daldin, presidente e vice-presidente do poder legislativo.
Durante dois dias os representantes dos dois municípios estiveram reunidos com a ministra Mirian Belchior, do Planejamento, com a Defesa Civil, com a Casa Civil, Ministério da Fazenda, Integração Social e Ministério das Cidades, além da divisão de obras e engenharia do exército brasileiro. Não é o fim da peregrinação. Na próxima quinta-feira, 3 de julho, Ilkiv retorna à Brasília com os projetos da construção do canal extravasor e da nova ponte que ligará o centro ao Distrito de São Cristóvão.
Destaques
Canal extravasor: a Ministra do Planejamento, Mirian Belchior, considerou o projeto mais importante para prevenção e combate às cheias em União da Vitória e Porto União. Na próxima quinta-feira haverá uma discussão com técnicos e Ministério da Integração Nacional para a implantação do canal extravasor, com avaliação de impacto ambiental, além da apresentação do projeto básico para a execução do projeto.
Nova ponte: segundo as palavras do próprio prefeito, a discussão sobre a necessidade da ponte patinou. “A discussão foi tensa, porque a ministra entendeu que a ponte não tinha relação com a prevenção das enchentes”, disse. Depois de colocada a questão da acessibilidade e mobilidade em tempos de cheia, Mirian Belchior aceitou discutir a questão. Ilkiv disse que a presidente Dilma deve confirmar que o Governo Federal vai bancar a ponte. “Vou levar os projetos complementares de aterro e acesso no lado do centro da cidade”, explicou.
Moradias populares: o prefeito disse que a liberação das 1450 casas foi consensual. A ministra do planejamento pediu que famílias com renda de R$ 3.900,00, em áreas sujeitas a alagamentos e risco de enchentes sejam incluídas em um programa específico de realocação, além das casas para as famílias carentes e ribeirinhas, que já estão garantidas.
Força Tarefa: Ilkiv informou que a presidente Dilma Rousseff chamou uma força tarefa, composta pelos ministérios da Fazenda, Integração Nacional, Ministério das Cidades, Defesa Civil e Comando do Exército para definir ações para minimizar os prejuízos com as enchentes. A reunião aconteceu na Casa Civil. De acordo com o prefeito, a liberação do FGTS, em sua totalidade, para todos os cidadãos de União da Vitória e Porto União, foi praticamente descartada. No entanto a liberação de até R$ 6.200,00 para quem foi atingido diretamente pela enchente está garantida.
A reunião objetivou a garantia de dilatação de prazos de impostos para os empresários, liberação do cartão Minha Casa Melhor para quem mora em área de enchente, como forma de linha de crédito, liberação de linhas de crédito subsidiadas pelo PIS/Pasep com prazo de carência dilatada para empresários e comerciantes. Até o encerramento desta edição não havia informação sobre a liberação destas demandas específicas.
Porto União também cobra ações
Anízio de Souza conseguiu o reconhecimento federal do Decreto de Situação de Emergência em Porto União, válido por 180 dias. De acordo com o prefeito o reconhecimento permite na prática a liberação do FGTS para a população atingida pelas cheias do Rio Iguaçu. Anízio percorreu ministérios e gabinetes dos parlamentares da bancada petista catarinense em busca de apoio e recursos para a reconstrução do município. O governador Raimundo Colombo também esteve em Brasília solicitando recursos para destinar recursos para municípios atingidos pela enchente, como é o caso de Porto União.