Por Mariana Honesko
Passados dois meses após a cheia que comprometeu boa parte das Cidades Irmãs, os efeitos da ação do volume de água ainda são contabilizados pelos órgãos de Defesa Civil. No auge da crise, alguns pontos foram mapeados. Agora, é provável que todos eles recebam novamente atenção do Governo Federal. Em Porto União, especialmente, esta é a expectativa da prefeitura.
A Secretaria de Planejamento acaba de enviar para o governo do Estado – e posteriormente para o Federal – o projeto de reconstrução, etapa pós-enchente. Entram no roteiro, por exemplo, o morro que fica atrás da empresa Lual Tele-entrega, o trecho atingido pelo deslizamento de terra na Rua Padre Landel de Moura, no Jardim Oliveira, parte do Loteamento Palmas, cinco pontes e, o acesso à Área Industrial. “O Estado aprovou e o projeto foi encaminhado para Brasília”, revela o secretário de Planejamento, Cláudio Tilgner.
O orçamento da proposta está perto de R$ 1 milhão, valor máximo que será liberado para cada município atingido pelas cheias. “O município não tem como investir nisso agora. Tudo isso é decorrente da enchente e do excesso de chuva mesmo”, diz.
Moradores intervêm
No alto da Rua Marechal Deodoro, no Bairro Cidade Nova, moradores de quatro sobrados tentam reverter os prejuízos deixados pelo escorregamento de terra. O processo é acelerado, já que as famílias esperam o retorno para casa ou a locação e venda do imóvel.
A Secretaria de Planejamento revela que os proprietários contrataram uma empresa de engenharia para periciar o local. O laudo teria confirmado o deslocamento de terra e o dano causado pelo fenômeno em alguns blocos de fundação. De acordo com Tilgner, o ajuste na base pode chegar aos R$ 100 mil. Os moradores não informam se vão ou não adotar a recomendação do laudo
NOTA DA REDAÇÃO
Esta semana, durante o trabalho de elaboração e pesquisa de campo desta matéria, a equipe de reportagem de O Comércio, composta pela jornalista Mariana Honesko e por Amarildo Klein, foi impedida de realizar seu trabalho de maneira plena. Ao tentarem entrevistar uma das partes envolvidas, foram intimidados e não conseguiram, como manda o bom jornalismo, obter qualquer declaração ou informação mais aprofundada sobre o fato. Ao contrário, os profissionais foram impedidos de realizar a reportagem no local.
O Grupo Verde Vale de Comunicação repudia e não aceita qualquer tipo de situação que impeça o trabalho do jornalista. Afirmamos que nossos profissionais, no exercício legal da profissão, têm o suporte necessário para tratar tais episódios, da maneira mais adequada em cada situação.
Eduardo Carpinski
Editor de Conteúdo