Quem visita a Havan de Porto União nem imagina o que há 60 dias ocorre em parte da estrutura do complexo. Na ponta esquerda, mais de dez pessoas trabalham na construção das três salas de cinema. A previsão é de que até julho, as obras estejam concluídas e inauguradas.
Embora tenha a participação de empresas terceirizadas, a parte “grossa” da construção é assinada pela Actiobiz, Serviços em Instalações Comerciais, da “terrinha”. É ela quem prepara o espaço para que os bancos, telões e os projetores sejam instalados. Com 15 anos de existência, esta é a estreia da empresa na construção de um cinema. “Foi um desafio, mas como já tínhamos feito um aeroporto e conhecíamos coisas mais modernas, encaramos”, sorri o técnico em eletrotécnica e proprietário da Actiobiz, Ageu Ferreira de Castro.
Desafio aceito, chegou a hora de colocar a mão na massa. E no pó. O trabalho é longo, ultrapassa o expediente convencional e mobiliza uma dúzia de homens em andaimes e aparelhagens. “Estamos cuidando da pintura, paredes, de toda a engenharia civil, parte hidráulica e da automação”, explica Ferreira.
A automação, inclusive, é uma das partes cruciais do projeto e, por isso, dividida em duas etapas. A primeira, assinada pela Actiobiz. A segunda, pela Centauro, que encerra o processo. “É um sistema bastante moderno”, completa o técnico. De tão inovador, as três salas de projeção são iluminadas ou escurecidas a partir do começo ou fim de filme. Entre os dois sistemas, há conexão.
As salas de cinema
São três espaços: duas salas comportam cerca de 160 expectadores (cada uma delas) e exibem filmes em projeção digital. A terceira é um pouco maior e oferece longas em 3D. Por isso, a estrutura garante, também, uma lavanderia exclusiva dos óculos. As salas são anfiteatros que podem ser usadas para encontros, eventos ou algo do gênero. Nos bastidores, já se comenta essa possiblidade de conveniência.
Para a segurança de quem assiste os filmes, três saídas de emergência, nas laterais da construção. Em cada sala, uma saída extra. “Acreditamos que neste ritmo, as obras estejam concluídas em mais 30 dias de trabalho. Portanto, em julho, o cinema deve ser inaugurado”, estima.
Na telona
O grupo Gracher, de Brusque (SC), é parceiro da Havan no projeto de instalação de toda a estrutura audiovisual. Ainda não há informações sobre o valor de bilheteria. O que se sabe, porém, é que o cinema em Porto União trará lançamentos e deve permitir a compra on-line de ingressos. A projeção deixa de lado as românticas, mas já ultrapassadas, películas de 35 mm, e dará lugar ao que há de mais novo em transmissão digital.
Fotos: Mariana Honesko
