Série vai desbravar o Paraná que alimenta o mundo

Material pretende destacar o potencial do Estado na produção de proteínas, grãos, hortaliças, frutas, produtos florestais e outras grandes culturas.

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Atualizado há 4 anos

O Paraná que alimenta o mundo. A Agência Estadual de Notícias (AEN) começa a publicar a partir deste mês, em uma série de reportagens, a pujança do Estado na produção de proteínas, grãos, hortaliças, frutas, produtos florestais e outras grandes culturas. Passará pela liderança nacional em itens essenciais para a mesa do brasileiro, como o feijão, o frango e a tilápia, até chegar ao pequeno agricultor e o cultivo familiar. Mostrará como plantar e colher o alimento faz toda a diferença na vida de uma família, de um município, de uma região e, claro, do Paraná.

Trataremos também das peculiaridades que dão diversidade ao agronegócio paranaense. Sempre com uma equipe in loco, mostraremos os motivos que fazem da pequena Antônio Olinto, no Sul do Estado, se destacar na produção de Kiwi. Como o amendoim mexe com a economia de São João do Caiuá, no Noroeste. Ou o famoso pepino de Cidade Gaúcha, na mesma região. As uvas de Bituruna, no Sul, serão as primeiras a serem retratadas, nesta quinta-feira (25).

“O mundo, no futuro, vai precisar cada vez mais de comida e o Paraná pode se destacar nesse cenário, já que ninguém produz em quantidade e em variedade como o nosso estado”, destacou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Nossa vocação é produzir alimentos. Além disso, o Paraná é amigo do produtor rural”, acrescentou.

O levantamento que deu origem à série foi feito com base nos dados fornecidos pelo Departamento de Economia Rural (Deral), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Levou em consideração o relatório final do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2019 – os números de 2020 estão em fase final de contabilização.

O VBP confirmou o potencial do agro no Paraná, revelando um faturamento total de R$ 98,08 bilhões em 2019, maior valor nominal da série. Além disso, pela primeira vez, o Estado contou com nove cidades com valor bruto da produção superior a R$ 1 bilhão – cinco a mais do que no levantamento de 2018.

CIDADES 

Os municípios de Guarapuava (R$ 1,28 bilhão), Santa Helena (R$ 1,08 bilhão), Dois Vizinhos (R$ 1,05 bilhão), Assis Chateaubriand (R$ 1,05 bilhão) e Palotina (R$ 1,04 bilhão) agora integram a lista dos faturamentos mais expressivos, junto com Toledo (R$ 2,69 bilhões), Castro (R$ 1,72 bilhão), Cascavel (R$ 1,67 bilhão) e Marechal Cândido Rondon (R$ 1,16 bilhão). O crescimento anual mais representativo foi o de Guarapuava, com valor 31% superior ao de 2018, quando somou R$ 981,9 milhões.

Outro ponto relevante do levantamento é o incremento da atividade pecuária no Estado. Em Toledo, por exemplo, a pecuária é responsável por 82% do VBP. Em Santa Helena, a atividade compõe 85% do faturamento e, em Dois Vizinhos, 90%.

Depois da pecuária, a segunda principal representatividade na composição do VBP paranaense é do grupo dos grãos e grandes culturas (39%), seguido das hortaliças (5%) e produtos florestais (4%). A produção de frutas é responsável por 2% do valor bruto. “Estamos ampliando o apoio técnico às nossas cadeias produtivas e melhorando as condições sanitárias para a exportação”, explicou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

EXPORTAÇÃO

Alimento que se espalha pelo Brasil e pelo mundo. O Paraná se sobressaiu na exportação de diversos itens em 2020. Entre os destaques está o complexo da soja, que exportou 17,3 milhões de toneladas, um aumento de 28,4% com relação ao volume exportado em 2019, e que gerou US$ 6,05 bilhões. Aproximadamente 45,5% das exportações do setor pelo Paraná correspondem a essa categoria. Já as carnes representam 21% e os produtos florestais 16,67%.

As vendas externas de carnes (bovinos, suínos e frango) alcançaram 1,84 milhão de toneladas, que geraram US$ 2,79 bilhões. A carne bovina somou 28 mil toneladas, e US$ 112,6 milhões. O frango 1,66 milhão de toneladas, o equivalente a 40% do volume total brasileiro, o que corresponde a US$ 2,4 bilhões; e os suínos 136,7 mil toneladas, crescimento de 15,9%, somando US$ 300,6 milhões. Entre os principais destinos dos produtos paranaenses estão China e Emirados Árabes.

Outro produto com crescimento expressivo nas exportações foi o açúcar, atingindo 3,04 milhões de toneladas. Também houve aumento nas vendas externas de frutas e de fécula de mandioca.

A expectativa é de seguir em evolução. A previsão para o VBP 2020, cujo relatório será concluído no próximo ano, é de R$ 114,55 bilhões. “Há perspectivas de boa produção, tanto de grãos quanto de carnes para 2021. O dólar valorizado ajuda a manter bons preços aos produtores. Sigamos respeitando a ciência e trabalhando pelo desenvolvimento da economia paranaense”, ressaltou o secretário.

Ou seja, somatórios de fatores que fazem do Paraná protagonista no cenário mundial e candidato a ser um dos maiores produtores de alimentos por metro quadrado do planeta. É o que essa série de reportagens vai mostrar, sempre às segundas e quintas-feiras, com duração prevista de dez meses, até fim de 2021.