A Ilha de Porto Belo tem um longo histórico de ocupação humana. Os petroglifos existentes na “Pedra da Cruz” são vestígios dos primeiros habitantes da região (povos neolíticos) e datam de mais de quatro mil anos atrás (foto 3). Segundo crença popular, no século 19, quando os jesuítas foram expulsos do Brasil, enterraram na ilha uma imagem de um anjo de ouro. Naquela época, a população local acreditava que as inscrições rupestres podiam ser o mapa que levava ao tesouro ou que ele estava escondido sob a pedra. Hoje, as inscrições podem ser observadas na caminhada pela trilha ecológica.
Oficialmente, a ilha tem o nome de João da Cunha, conforme Planta Hidrográfica da Enseada de Porto Belo, levantada e desenhada, em 1864, pelo Comandante D’Armada, Antônio Luiz Von Hoonholtz que, futuramente, se tornaria o Barão de Teffé, depois de participação vitoriosa na Guerra do Paraguai. O documento, que aponta a ilha com a denominação de “Ilha do João da Cunha”, faz parte do acervo do Arquivo Nacional.
Na época, a pesca da baleia foi uma das atividades econômicas que impulsionou a Capitania de Santa Catarina. Era um monopólio real concedido pela Coroa Portuguesa a ricos comerciantes que, sobrecarregados de impostos pelo Erário Real – a administração fiscal portuguesa – arrematavam o direito de explorar a pesca e industrializar o produto por determinado prazo. João da Cunha Bittencurt construiu na ilha uma armação baleeira clandestina para retirar o óleo de baleia que era repassado a José Vieira Rebelo, responsável por sua industrialização e comercialização em Porto Belo. No povoado, o óleo era utilizado principalmente na iluminação pública e na construção civil como liga de argamassa.
Décadas mais tarde, os herdeiros de João da Cunha Bittencurt venderam a ilha para João Eufrásio de Souza Clímaco, professor da comunidade de Araçá, comerciante e primeiro intendente do município de Porto Belo.
Em 1953, Ernesto Stodieck Jr. e a esposa, Vera, adquiriram a ilha, já com o objetivo de transformá-la num recanto de lazer e preservação da natureza . Mas, foram seus netos, em 1994, que deram início ao projeto do empreendimento que, hoje, é um dos mais procurados destinos turísticos do litoral centro-norte de Santa Catarina.
Para se ir para a Ilha, só chegar no Pier é existe uma central de pescadores que levam os turistas a ilha, cobrando 25 reais ida e volta. O barco leva, e se marca hora para se pegar de volta, dica o passeio não demora mais que uma hora, pois a trilha no inverno fica fechada, então a dica é o barco vim pegar uma hora depois.
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