ATeG: melhoria na base da agropecuária do Paraná

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Atualizado há 3 meses

Ao longo da história, a agropecuária já registrou diversas revoluções, que permitiram um avanço de produtividade, de produção e na sustentabilidade dos processos. Basta relembrar da Revolução Verde, na década de 1970, e, mais recentemente, no início deste século, da revolução tecnológica, com soluções como drones, máquinas autônomas e Inteligência Artificial (IA). Hoje, certamente somos uma potência mundial na produção de alimentos por conta desses avanços.

Mesmo com esse cenário, o Paraná não pode se acomodar, principalmente diante do desafio de produzir mais, com qualidade, com custos menores e em uma área limitada. Por isso, o Sistema FAEP está em processo de implantação do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) no nosso Estado. Pode parecer cedo, pois estamos em campo com projetos-piloto, mas posso garantir que essa é a próxima revolução para a agropecuária paranaense, principalmente na base, ou seja, dentro da porteira.

Nosso produtor rural tem excelência no que faz, na produção de alimentos de qualidade alinhada com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente. Mas precisamos e vamos melhorar ainda mais com o auxílio da ATeG. A fase de testes que realizamos com quatro turmas na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), com foco nas cadeias produtivas da olericultura, comprovam isso. As 105 propriedades rurais atendidas em São José dos Pinhais, Mandirituba, Rio Branco do Sul e Cerro Azul registraram inúmeros ganhos: aumento da produção, otimização do tempo, redução em mais de 60% os gastos com adubação, construção correta das estruturas e profissionalização do negócio.

Mesmo diante desta extensa lista de benefícios, um aspecto pontual chama a atenção. “Antes, nós ficávamos nas mãos dos vendedores. Agora, o conhecimento é libertador”, como relatou a produtora Márcia Vailati, de São José do Pinhais, que está com ATeG desde maio de 2023. Esse é o real propósito deste (e demais) programas do Sistema FAEP. O objetivo é permitir que o produtor rural veja a sua propriedade como uma empresa, a sua produção com um negócio e, principalmente, possa caminhar de forma autônoma, tomando decisões embasadas no conhecimento e nas melhores técnicas.

A ATeG do Sistema FAEP já está ganhando corpo pelo Paraná. Recentemente ampliamos a assistência personalizada para mais dez municípios (Cianorte, Cornélio Procópio, Faxinal, Ivaiporã, Marialva, Cascavel, Guarapuava, Ortigueira, Rio Azul e Francisco Beltrão) em sete cadeias (frutas, café, apicultura, ovinocultura, olericultura e bovinos de corte e de leite). É questão de tempo até que o serviço esteja à disposição dos agricultores e pecuaristas dos 399 municípios.

Tenho certeza de que esse projeto é um divisor de águas no Paraná, fortalecendo a cadeia produtiva na base, por meio da qualificação do nosso produtor rural. Não estamos medindo esforços para levar desenvolvimento e eficiência para o meio rural. Afinal, o nosso produtor rural tem que descobrir que o seu negócio precisa dar lucro a partir da profissionalização da gestão da propriedade. E a ATeG já está trilhando esse caminho!

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