Como se costuma generalizar, e toda a generalização tem seus riscos

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Atualizado há 1 semana

Gilson Aguiar é Professor e Jornalista – formado em História, mestre em História e Sociedade, Especialista em Gestão de Pessoas – Colunista da CBN (Maringá, Cascavel e Ponta Grossa), Rádio Verde Vale, RUC FM, Rádio UP, TVUP e Portal GMC. Professor de Graduação e Pós-Graduação.

Tema de hoje:

 Como se costuma generalizar, e toda a generalização tem seus riscos. A tal da objetividade, de ir ao ponto, pode ser uma prática de grande erro.

 

Simplificação e objetividade são ingredientes da mentira
Generalização é coisa perigosa

Como as pessoas gostam de respostas fáceis. Muitas vezes, amam a facilidade da resposta e da lógica de um problema em nome da “objetividade”. O tal do “vamos direto ao ponto”. Frase de efeito, mas que tem um risco imenso.
A simplificação de uma lógica complexa faz suas vítimas. Ainda mais quando estimula a generalização. Aquilo que, também com uma frase simplificadora, coloca “toda a farinha no mesmo saco”. Essa de que o discurso termina dizendo que “todo mundo é igual”.
Você já imaginou quantas pessoas são condenadas por julgamentos generalizadoras, por desconhecerem a verdade dos fatos? Quantos não sofrem discriminação por não se considerar a vida que levam e quem são?
A generalização vai da cor da pele, ao gênero, a idade, a religião, o lugar de onde se vem, onde se está e para onde se vai. Enfim, o que não falta são os “julgadores da vida alheia”.
O desconhecimento mata todos e impede qualquer solução. Por generalizar, se estabelece regras e ações, se determina sentidos e interesses, acaba-se por discriminar e manter problemas crônicos.
Porém, a discriminação tende a piorar.
O discurso de sucesso da informação nas redes sociais é que ela seja objetiva, curta e envolvente. Bom, para que se alcance este critério, alguma coisa tem que ser sacrificada. O conteúdo e a complexidade dos fatos são as principais vítimas.
Em nome do “bem-estar” de quem recebe a mensagem há o sacrifício de tudo o que se é comunicado.
Outro grave problema é que agora se está mais preocupado em seduzir os ouvintes, telespectadores, ter o interesse do outro no que vai se informar, do que propriamente o que se informa. Mais vale a estética do que o conteúdo.
Enfim a generalização vai ganhando força e a explicação rasa vai criando adeptos ignorantes de falsas verdades. Vamos limitar a capacidade das pessoas de compreenderem a realidae. E este é o campo fértil do radicalismo e da violência.