Depois de assustar os moradores das Cidades Irmãs com a possibilidade de uma nova cheia um ano após uma das maiores enchentes que os municípios já vivenciaram, o tempo e o nível do rio dão trégua. Atípico, agosto vive um de seus invernos mais quentes e as chuvas não aparecem lá com tanta frequência. Isso garantiu o recuo das águas de maneira rápida e, com ele, a chance de mais uma enchente.
Nesta semana, conforme os marcadores da Copel e leitura das réguas na Ponte Machado da Costa, o nível passa apenas um pouco dos dois metros. Um alívio para quem, especialmente, mora pertinho do Iguaçu.
Vem mudança
O tempo, então estável, deve sofrer pequenas alterações. De novo, a chuva volta a aparecer nesta semana. Quem já estava com saudade, pode aproveitar: a partir de hoje a instabilidade volta a “pairar” na região. “Onde uma frente fria ingressa na região e desconfigura o bloqueio atmosférico que já dura três semanas”, explica a meteorologista do Simepar, Beatriz Porto.
Com isso, a temperatura então girando na casa dos 26º, cai para 25. A mínima prevista é de 12 graus. “Entre o período da tarde e para a noite, a chuva pode aparecer e deixar um quadro diferente na região”, alerta.
Este “desbloqueio” mencionado por Beatriz ocorre entre a Argentina e o Rio Grande do Sul.
Agosto quente afeta agricultura
A Epagri, órgão de extensão e pesquisa rural de Santa Catarina, postou ontem uma nota de avaliação sobre os efeitos do tempo seco e quente do mês na agricultura. “As culturas de frio como fruticulturas, sofrem com a falta de horas de frio, em função do inverno mais quente. A indústria têxtil também não consegue vender seu estoque de roupas da estação”, disse, em partes, a redação.
Conforme o texto, o plantio de cebola no Vale do Itajaí, um dos principais sustentos da economia local, já está utilizando irrigação artificial, assim como acontece em outras regiões como o Oeste e Meio Oeste.