CLIMA: Com as flores, chegam também as alergias

Problemas oculares e de pele ficam mais evidentes com a aproximação da Primavera

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Atualizado há 9 anos

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(Foto: Mariana Honesko).

Na verdade, falta quase um mês para a chegada da estação que é considerada a mais bonita de todas. Mas, com tanta mudança climática, principalmente na incomum alta da temperatura nesta época do ano, as Cidades Irmãs devem ficar floridas antes do tempo.

E se, por um lado, dias ensolarados influenciam positivamente o humor das pessoas, por outro, a combinação com baixa umidade relativa do ar (falta de chuva) e floração antecipada têm resultado em mais casos de ressecamentos e alergias oculares – além de viroses respiratórias. Por isso, já começa a aumentar nos consultórios dos especialistas o número de pessoas com queixas de vermelhidão, irritação e lacrimejamento exagerado. “Todos os pacientes portadores de alergia se tornam mais sensíveis a desencadear crises alérgicas, podendo ser respiratório, cutâneo e alimentares, dependendo da sensibilidade de cada paciente”, explica o pneumologista Mariano Bordon Sosa. Segundo ele, ambientes com poeira, fumaça, mofo, tinta, cera e álcool aceleram os sintomas alérgicos.

Na primavera, atenção redobrada. “Porque ocorre a poluição com pólen e os pacientes desencadeiam a reação alérgica como rinites, pruridos oculares e as vezes até de orofaringe. O ar seco é um fator importante onde se observa um aumento da poluição do ar”, lembra.

Quem é alérgico já sabe, mas vale repetir o lembrete: para evitar maiores danos, sejam nos olhos ou na pele, o ideal é ficar longe dos ambientes com material que provocam as alergias. Manter os locais arejados e ventilados é outra dica de Sosa.

 

E se irritar?

Aos primeiros sinais, é importante conter o avanço do problema. Procurar um oftalmo, pneumo ou um dermatologista, é interessante, já no início dos primeiros sintomas.

Nos olhos 

Estudo publicado na edição de abril do jornal Ophthalmology confirma a existência de uma conexão entre olho seco e alergia ocular provocada pelos pólens das flores. Essa condição atinge uma em cada cinco mulheres e um em cada dez homens, impactando a qualidade de vida dessas pessoas, já que nos períodos críticos se queixam de ardência, irritação e visão distorcida.